O Centro de Controle de Zoonoses da prefeitura, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, foi invadido, na madrugada desta quinta-feira, por dois homens armados, que arrombaram o cadeado do portão dos fundos da unidade e roubaram onze cavalos. De acordo com a direção do CCZ, os dois vigias patrimoniais noturnos, que não possuem armas, se esconderam durante a ação dos criminosos e não souberam dar detalhes sobre o que aconteceu.
Já pela manhã desta quinta-feira, o diretor do centro, o veterinário Fernando Fernandes, determinou que a equipe fizesse buscas na região. Segundo o CCZ, nove animais foram encontrados. Dois seguem desaparecidos.
— Eu imagino que a intenção dos invasores era levar dois cavalos. Como o portão ficou aberto, os outros fugiram e ficaram perambulando pelas imediações. Eles são chipados e foi fácil identificá-los — contou.
Os dois animais que permanecem desaparecidos tinham sido resgatados no ano passado na comunidade de Nova Sepetiba, em ação conjunta do Centro de Controle de Zoonoses com o presidente da Comissão de Defesa dos Animais da Câmara do Rio, o vereador Luiz Ramos Filho (PMN).
— Vamos continuar as buscas até que estes animais sejam encontrados. As equipes vão voltar à Nova Sepetiba no fim de semana —, acrescentou Fernando Fernandes.
O vereador Luiz Ramos Filho explicou que muitos cavalos vêm sendo resgatados, principalmente em bairros da Zona Oeste, após denúncias de maus-tratos feitas à comissão de Defesa dos Animais da Câmara.
— Infelizmente os cavalos são explorados por carroceiros, na tração animal, atividade que é proibida na nossa cidade. essa prática cruel ainda é uma realidade que precisa ser severamente combatida. Os animais carregam peso até perder as forças. É provável que esses bandidos que entraram no CCZ estivessem atrás de cavalos para explorar nas suas atividades ilícitas. Os carroceiros botam os bichos para carregar entulho e material de construção. É revoltante. Além de denunciar, a população não deveria contratar os serviços dos carroceiros. Quem contrata o serviço de tração animal é conivente com maus-tratos — afirmou o parlamentar.
O caso foi registrado na 36ª DP (Santa Cruz), que investiga o caso.