Entidades de representação de motoristas de aplicativos marcaram paralisações em diversas capitais do país para protestar contra o congelamento das tarifas de corrida. Segundo essas entidades, as tarifas do Uber e 99 não são reajustadas há 5 anos. Em São Paulo, a greve foi marcada para sexta-feira (26).
É só isso que eles pedem? Não. Eles reivindicam o fim das tarifas promocionais do Uber e 99, que reduzem os ganhos dos motoristas.
Os motoristas também pedem mais segurança, apoio jurídico, seguro de vida, auxílio funeral e fim dos desligamentos.
Quando a paralisação vai ocorrer? Depende da cidade. Em São Paulo, os protestos estão marcados para o dia 26, próxima sexta-feira. Neste dia, os motoristas pretendem se reunir nos bolsões de espera do aeroporto de Guarulhos e em frente aos escritórios do Uber e 99.
No Rio de Janeiro, a manifestação está agendada para o dia 22, segunda-feira. Em Brasília, há previsão de protesto para o dia 17 de março.
Em Salvador, os protestos aconteceram o começo do mês.
Essa greve vai pegar? Não dá para saber, pois os motoristas são autônomos e a grande maioria não tem ligação com nenhum sindicato ou associação de classe. Por isso, não costumam seguir nenhuma liderança.
Para o juiz do trabalho.
O que as empresas dizem? A Uber não comentou. A 99 disse que “prioriza a melhoria dos ganhos dos motoristas parceiros”. “Assim, lançou o 99Poupa, uma categoria opcional criada para estimular a demanda fora dos horários de pico, e o 99Entrega, que possibilita o envio de itens pessoais via parceiros e resultou em elevação média de 23% no ganho dos motoristas.”
Do que mais os motoristas reclamam? Eles dizem que precisam trabalhar cada vez mais horas para conseguir tirar o mínimo necessário para manter as despesas da casa. É comum que eles fixem uma meta de ganho diário (R$ 200 por dia, por exemplo). Com a alta da gasolina e redução do número de corridas, fica cada vez mais difícil atingir essa meta.