A carreata já conta com mais de dois mil profissionais e a principal reivindicação dos motoristas é o reajuste no preço recebido pelas corridas
Na manhã desta terça-feira (23/02), motoristas de aplicativos fazem um protesto pacífico contra as tarifas promocionais feitas pelas empresas durante a pandemia. Os profissionais se reuniram no Aeroporto Galeão, na Ilha do Governador, na Zona Norte e seguem para o Aeroporto Santos Dumont, na Zona Sul.
O presidente do Sindicato dos Aplicativos (SindMobi), Luiz Correa, informou ao Jornal O Dia que a carreata já conta com mais de dois mil profissionais e que a principal reivindicação dos motoristas é o reajuste no preço recebido pelas corridas.
“A gente não tem reajuste desde 2016, pelo contrário, o valor pago por quilômetro pelas empresas só tem diminuído. Eles pagavam R$ 1,9 e R$ 1,20 por quilômetro rodado, agora a realidade é que cada dia que passa esse valor tem caído. Ainda criaram uma modalidade que dá 17% de desconto e o motorista ganha R$0,80 centavos por quilômetro“, disse ao jornal.
Os motoristas também pedem o fim das modalidades “99Poupa” e “Uberpromo”, que dão descontos para os passageiros e diminuiu ainda mais o valor recebido por corrida. O presidente do sindicato destacou que as plataformas descontam 30% dos motoristas, sem contar os custos com manutenção, IPVA e a gasolina, que tem aumentado toda semana.
O movimento pede que mesmo os motoristas que não estejam participando do ato não liguem o aplicativo nesta terça-feira.
A Uber e a 99 Táxi afirmaram que as promoções foram criadas para gerar mais viagens em horários de baixo movimento e que os motoristas não são obrigados a aceitar as corridas.