Jornal Povo

CUFA e Uber fecham parceira para a logística de vacinação de Mães da Favela e suas famílias

Mulheres beneficiadas do programa Mães da Favela receberão vouchers de viagens de R$ 30 para levarem os parentes mais idosos aos postos de vacinação

Rio – A Central Única das Favelas (CUFA) e a Uber fecharam uma parceria para contribuir com a vacinação contra a covid-19 das Mães da Favela e suas famílias. As mulheres beneficiadas pelo programa receberão um voucher de R$ 30 (ida e volta, R$ 60) para usarem no aplicativo de transporte e levarem os parentes mais idosos aos pontos de vacinação para tomarem o imunizante contra o coronavírus. No Rio de Janeiro, o projeto Mães da Favela beneficiou mais de 60 mil mulheres de 250 comunidades. O projeto começa na quinta-feira (11) e segundo a instituição, os vouchers serão liberados de acordo com as demandas das mulheres registradas no banco de dados projeto que necessitarem da ajuda para levar os familiares aos postos de vacinação. 

A CUFA informou que entende que, na favela, as mulheres são responsáveis, além dos filhos, pelo cuidado de pais, avós, sogros, tios e afins, que estão na idade que se enquadra nos grupos prioritários da atual fase do plano de vacinação.Segundo a instituição, a parceria irá se adequar aos diferentes calendários de vacinação de cada região do país que o programa contempla, conforme as fases forem avançando.

“É muito importante que uma empresa do porte Uber nos ajude a acelerar a logística de vacinação da população de favela. É o início do fim deste período difícil que estamos vivendo. E, mais uma vez, a favela precisa ser olhada”, disse Preto Zezé, presidente nacional da CUFA.

A seleção das mulheres a receberem o benefício, ficará por conta das lideranças locais da instituição, que conhecem os territórios e sabem quais são as pessoas que mais demandam ajuda neste momento.

“No começo da pandemia, se olhou muito para a favela. E somos muito gratos por isso. Agora, na hora da vacina e da retomada, ela tem que ter a mesma prioridade que a sociedade entendeu que ela tinha, lá atrás”, pontuou Elaine Caccavo, coordenadora geral da iniciativa.

“Neste momento de recuperação, a favela precisa ser olhada. E é muito importante que uma empresa do tamanho da Uber assuma este compromisso com a gente”, concluiu.