Jornal Povo

Sítio arqueológico em restauração é aposta para fazer de Nova Iguaçu a ‘Paraty da Baixada’

Pedaço importante da história do Brasil, a Vila Iguassu, em Tinguá, distrito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, vai tomando forma novamente após um período de quase um ano de obras de restauração que serão finalizadas neste mês. Depois disso, o sítio arqueológico será transformado em um polo de turismo pela prefeitura do município e ficará aberto para a população, que poderá conhecer parte importante do patrimônio nacional e aproveitar a natureza abundante da região.

Principais pontos de intervenção desta primeira etapa de obras na região, a Torre Sineira da antiga Igreja Matriz e os cemitérios da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos e da antiga Vila de Nossa Senhora da Piedade de Iguassu, que segue em funcionamento nos dias de hoje, já foram quase que totalmente restaurados, com destaques para uma escadaria de pedra feita a mão e totalmente restaurada.

Os planos do governo municipal para a região são ousados. Com a reabertura em breve, o secretário de Cultura de Nova Iguaçu, Marcus Monteiro, acredita que o local vai se tornar um polo cultural, turístico e histórico tal como cidades brasileiras famosas por essas características.

— A ideia é transformar numa Paraty da Baixada Fluminense. Vamos reconstruir o casario, que será sede do parque e vamos trazer galerias de arte, exposições, livrarias. Será igual a visitas a outras cidades históricas, como Ouro Preto, Tiradentes, ambas em Minas Gerais. Já temos muitos parceiros para viabilizar essa parte em breve. Esse sítio já atrai muitos turistas. Com toda essa estrutura, vai aumentar muito a procura — prevê.

Com a primeira etapa de obras concluída, a próxima será a restauração da antiga Estrada Real do Comércio. Inaugurada em 1822, ela tinha como finalidade escoar para o Porto do Rio de Janeiro a produção agrícola, principalmente a de café, da região do Paraíba do Sul, entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais. A carga era transportada em carroças de burros e mulas e levada até a região, onde era despachada no Porto Iguaçu, em embarcações que percorriam o rio de mesmo nome até serem entregues no Porto do Rio de Janeiro.