A Secretaria estadual de Saúde afirmou ontem que a inauguração do Hospital Modular de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, está confirmada para este sábado. De acordo com informações da pasta, a unidade terá capacidade para 150 leitos para tratar pacientes com Covid-19, que serão liberados gradativamente. A inauguração vai acontecer após uma novela que se arrasta há quase um ano. Neste período, a abertura da unidade foi adiada várias vezes.
O Hospital Modular será administrado pela Organização Social Ideas (Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde), com sede em Santa Catarina e que também gerencia o Hospital Zilda Arns, em Volta Redonda, e Alberto Torres, em São Gonçalo. A secretaria ainda não divulgou o número de profissionais que atuarão no novo hospital.
A unidade chega para aliviar a sobrecarga, principalmente, do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), o Hospital da Posse, que tem operado com taxa de ocupação acima de 90%. Diretor da maior emergência da Baixada, Joé Sestello afirmou que o apoio é uma necessidade urgente.
— Nós precisamos de ajuda. A unidade absorve o fluxo de uma grande quantidade de municípios do corredor da Dutra. Não existe outra unidade com essa complexidade. Ao contrário, por exemplo, da Washington Luiz, que tem o Hospital de Saracuruna, o Moacyr do Carmo e agora o São José. O impacto da abertura (da unidade modular) será muito positivo, talvez seja um dos melhores presentes para a Baixada Fluminense nos próximos anos — disse Sestello.
Nos últimos dias, a situação do Hospital da Posse vem se agravando em meio ao avanço da Covid-19. O prefeito de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa, apelou para que o governo estadual antecipasse a inauguração, que ficou mesmo para sábado.
— Nós chegamos quase no limite. O estado precisa abrir o hospital, que desafogaria a Posse. Aí, sim, a gente pode repensar as medidas de restrições ao comércio. Eu tenho cobrado ao governador (Cláudio Castro), e ele sinalizou que essa semana abre. Qualquer quantidade de leitos a mais é fundamental para a nossa região — afirmou Lisboa.