Vendido como um produto 100% natural, um estimulante sexual popularmente conhecido como “Melzinho do amor” virou moda no Brasil nos últimos meses, principalmente entre os jovens, sendo citado em letras de funk e por famosos como o ex-jogador Vampeta. Na internet, são inúmeros os sites de venda que oferecem o produto, além de páginas nas redes sociais criadas para promover sua comercialização.
Apesar de ter virado febre, o estimulante pode não ser tão inofensivo para a saúde quanto aparenta. Há dúvidas em relação aos seus verdadeiros componentes e o mel não possui autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser vendido no Brasil. Além disso, quem comercializa o produto está cometendo crime. Na sexta-feira, um homem foi preso pela 12ª DP (Copacabana) vendendo o “melzinho”.
Ao menos seis marcas vendidas no Brasil — cinco delas importadas e produzidas em países como Líbano e Malásia. Apenas uma delas é nacional, comercializada por uma empresa sediada em São Paulo. Sites de compras oferecem a entrega do produto para todo o Brasil, assim como perfis no Instagram, com pronta-entrega em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo .
Na internet, famosos já fizeram propaganda do mel, que virou moda principalmente no universo do funk. O ex-jogador Vampeta, durante transmissão ao vivo, ensinou como usar o produto. Já Sérgio Mallandro apareceu com uma embalagem na mão na gravação de seu podcast. O funkeiro MC Kevin, que morreu ao cair de um hotel no Rio, também já tinha admitido o uso do estimulante. O mel ainda virou música criada por outro MC, o Di Magrinho.