Expectativa inicial da CBF era de que a final do torneio fosse realizada no Maracanã. Governo do estado e prefeitura se reunirão para debater o tema
Rio – Secretarias de Saúde do estado e do município mostram preocupação internamente em relação ao cenário de o Rio de Janeiro ser uma das sedes da Copa América. Na última segunda-feira (31), a Conmebol anunciou, após desistências de Colômbia e Argentina, que o Brasil abrigará o torneio que começa no dia 13 de junho. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), agora, tenta planejar quais serão as cidades-sede. O Rio está em pauta, principalmente para receber a final. Ontem, o governo do estado anunciou que irá se reunir com a prefeitura para debater o tema, e afirmou que “a decisão será pautada por critérios técnicos e pela situação da pandemia”. Infectologistas são contrários ao torneio.
Membros dos comitês científicos do estado e do município, frequentemente ouvidos antes de decisões importantes para o combate da pandemia, também têm muitas ressalva. CBF e Conmebol ajustaram a escolha do Brasil como sede no último domingo (30). A vontade das entidades é de que o Maracanã receba a final da Copa América, como ocorreu em 2019, mas até a noite de ontem a Secretaria Estadual de Saúde não havia recebido nenhum documento oficial, nem participado de reuniões sobre o tema.
Ontem, o governo de Pernambuco descartou a realização da Copa América no estado. A Arena Pernambuco era um dos estádios dados como certos pela CBF, por não receber muitos jogos dos Campeonatos Brasileiros – os três maiores clubes do Recife têm estádios próprios. “É preciso compreender que a América do Sul vive um momento epidemiológico complicado, tanto é que não foi possível realizar o campeonato na Argentina e na Colômbia. E, nesse sentido, receber delegações estrangeiras seria um risco desnecessário, sem contar com a possibilidade de um evento desse porte que pode suscitar a aglomeração de pessoas”, disse o secretário estadual de Saúde de Pernambuco, André Longo, no comunicado oficial.