Prefeito do Rio anunciou a informação em suas redes sociais na manhã desta segunda-feira. A ilha faz parte de um estudo, em parceria com a Fiocruz, para vacinação em massa dos moradores
Ilha de Paquetá terá toda a população vacinada até 20 de junho
Rio – O prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou na manhã desta segunda-feira a possibilidade de realizar o primeiro evento teste no Rio em tempos de pandemia. O objetivo da Prefeitura é fazer um carnaval fora de época em setembro deste ano, na Ilha de Paquetá, apenas com a população local. A região faz parte de um experimento e terá toda sua população vacinada a partir do dia 20 de junho.Nas redes sociais, Paes anunciou a notícia. “Se tudo der certo, já temos o nosso primeiro evento teste marcado. Bora vacinar!”.
A vacinação contra covid-19 de toda população a partir de 18 anos da Ilha de Paquetá terá início no dia 20 de junho. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a ação faz parte do projeto “PaqueTá vacinada”, realizado com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo a SMS, diversos pontos da ilha contarão com postos de imunização, para facilitar o acesso dos moradores e evitar aglomerações. Além disso, apenas a população residente será vacinada na ação, seguindo os cadastros da Estratégia Saúde da Família. A participação de turistas que tenham ido passar o domingo na ilha será vetada.Paquetá tem uma população de 4.180 moradores, dos quais 3.530 são maiores de 18 anos cadastrados na Estratégia Saúde da Família. Os moradores que são regularmente atendidos na unidade de saúde da ilha já são cadastrados no sistema, com todo o histórico clínico acompanhando pelas equipes.
Até 31 de maio, foram aplicadas 2.923 doses da vacina contra a covid-19 pelo calendário do município para os grupos prioritários, sendo 1.853 primeiras doses e 1.070 segundas doses. No dia 20, todo o restante da população elegível será vacinado. Mas antes, os moradores da ilha passarão exame de sangue sorológico, que será repetido ao longo da duração da pesquisa.O projeto irá avaliar os efeitos da imunização em larga escala. Com a cobertura vacinal total da população alvo, o monitoramento epidemiológico será feito por um período que ainda será estabelecido.
A SMS informou que o acompanhamento da população da ilha terá por objetivo avaliar a segurança do imunizante e como a vacinação em massa atua na proteção também das pessoas que não foram vacinadas, como é o caso das crianças e adolescentes. Além de observar se a primeira dose da vacina será capaz de evitar a transmissão dos casos na região ou se isso só acontece efetivamente após a aplicação da segunda dose.