Cristiano Ronaldo provocar abalos em seus adversários não chega a ser uma novidade. Mas, desta vez, o alvo em questão não foi exatamente um time ou jogador. Ao dispensar as garrafas de Coca-Cola da mesa de entrevistas e pedir às pessoas que bebam água, o atacante atingiu a patrocinadora da Eurocopa no ponto mais sensível para uma empresa: em seu valor de mercado. O gesto, feito na coletiva de imprensa na véspera do jogo entre Portugal e Hungria, fez a marca sofrer uma desvalorização na bolsa de valores.
As ações da Coca-Cola, que chegaram a 56.10 dólares (R$ 284,43), caíram para 55.22 dólares (R$ 279,97). Não há uma explicação para esta queda. Mas ter ocorrido logo após o episódio em questão é um forte indício de que foi movida pelo “fator Cristiano Ronaldo”.
A água exibida por CR7 também é produzida pela marca de refrigerantes. Mas isso não evitou a desvalorização de 1,6%. O valor total da Coca-Cola passou de 242 bilhões de dólares para 238 bilhões de dólares. A marca sofreu um dano de 4 bilhões de dólares (R$ 20,2 bilhões).
Esta não é a primeira vez que o astro da seleção portuguesa alfineta a Coca-Cola. Em dezembro, após receber o prêmio de melhor jogador do século pela Globe Soccer Awards, ele conversou com a imprensa sobre seu filho, Cristiano Junior, que joga na base da Juventus.
– Meu filho tem potencial. Vamos ver se ele se torna um grande jogador – comentou o atacante, para em seguida revelar sua maior dificuldade na educação do menino: – Às vezes ele bebe Coca-Cola e come batatas fritas, e isso me irrita. Ele sabe disso.
A aversão de Cristiano Ronaldo ao refrigerante pode ter origem num episódio ocorrido quando ele ainda jogava pelo Manchester United. O ex-jogador norueguês e hoje comentarista de TV Jan Aage Fjortoft revelou que o astro já foi enquadrado pelo então capitão Ryan Giggs por ter aparecido no café da manhã com uma garrafa de Coca na mão. A história foi contada a ele pelo seu compatriota Ole Gunnar Solskjaer, ex-atacante e atual treinador do clube inglês.