O corpo de Lázaro Barbosa Sousa, morto nesta segunda-feira durante confronto com policiais em Águas Lindas de Goiás, permanece no Instituto Médico-Legal (IML) de Goiânia. De acordo com informações da Policia Técnica, até a manhã desta terça nenhum parente havia ido ao local para fazer a liberação. Lázaro deve ser enterrado num cemitério em Edilândia, distrito de Cocalzinho.
Lázaro Barbosa foi morto após uma caçada de 20 dias feitas por forças de seguranças na área rural de Cocalzinho e Águas Lindas de Goiás. O criminoso estava na periferia de Águas Lindas quando foi cercado pelos agentes. De acordo com o secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, Lázaro descarregou uma pistola nos policiais, o que deu início ao confronto. Segundo ele, além da arma, o criminoso estava com mais de R$ 4, 4 mil no bolso que poderiam ser usados para fugir.
A Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás (OAB-GO) se manifestou sobre o cerco que culminou na morte de Lázaro. O órgão lamentou a “espetacularização e a celebração” do ocorrido. Em nota, afirmou que a divulgação de fotos e vídeos de pessoa morta pode configurar crime, conforme o artigo 212 do Código Penal, passível de detenção de um a três anos e multa.
Investigação sobre rede de apoio
A força-tarefa mobilizada para capturar Lázaro seguirá com o trabalho. Os policiais vão se dedicar, agora, a entender a motivação das ações do criminoso e descobrir se ele agia a mando de proprietários de terras ou pessoas do setor urbano da região. Segundo o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o foragido não era um “lobo solitário”.
As novas diretrizes das polícias Civil e Militar do estado foram explicadas pelo governador Ronaldo Caiado em entrevista à rádio CBN. De acordo com ele, o primeiro objetivo é descobrir “como é que o Lázaro estava com R$ 4,5 mil no bolso” quando foi encontrado. O governador também destacou que ele estava conseguindo se alimentar e “ter informações”, o que indica que houve a ajuda de outras pessoas.