Jornal Povo

Águas do Rio irá investir mais de R$ 700 milhões em Nova Iguaçu, nos serviços de água e esgoto

Melhorias serão iniciadas assim que a concessionária do grupo Aegea assumir integralmente a operação, beneficiando a população

Nova Iguaçu é um dos municípios da Baixada que terá o serviço de abastecimento de água e coleta de esgoto sob a operação da Águas do Rio. A concessionária do grupo Aegea assinou o contrato com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, nesta semana, e acompanha o trabalho da Cedae até que assuma integralmente o serviço de 26 municípios e 124 bairros da capital. Nesta sexta-feira (13/8), o superintendente da concessionária responsável por parte da Baixada Fluminense, Luiz Fabbriani, se encontrou com o prefeito de Nova Iguaçu, Rogério Lisboa. Na pauta, investimentos e melhorias que vão impactar diretamente na saúde e qualidade de vida da população.
– Vamos fazer intervenções logo que iniciarmos a operação na cidade. Nossa previsão é investir R$ 716 milhões nos cinco primeiros anos só em Nova Iguaçu para oferecer regularidade no abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto para a população da Baixada. Também estamos focados na recuperação ambiental da Bacia do Guandu, de onde vem a água que abastece a maior parte da Região Metropolitana. Para isso, serão investidos mais R$ 645 milhões em obras de redes de esgotamento das cidades de Queimados e Japeri e de cinturões em um trecho de Nova Iguaçu – comentou Fabbriani.

– Esperamos uma evolução grande na questão do saneamento aqui em Nova Iguaçu e na Baixada como um todo. Foi bom a empresa ter nos procurado, pois podemos trabalhar em conjunto para beneficiar a população – afirmou o prefeito Rogério Lisboa.

O contrato com o Governo do Estado prevê investimento total de R$ 24,4 bilhões, por 35 anos de concessão. Além disso, a empresa vai pagar R$ 15,4 bilhões de outorga aos poderes concedentes (governo estadual e prefeituras). Na data da assinatura do contrato foi repassado 65% deste valor; outros 15% serão depositados quando a Águas do Rio passar a operar o sistema e os 20% restantes serão pagos ao final do terceiro ano de operação.
Saneamento e proteção ambiental – A Águas do Rio está pronta para assumir os serviços e comprometida em promover uma revolução no saneamento básico no estado. Para isso, o planejamento operacional integra estratégias de atuação para garantir o abastecimento regular de água tratada para cerca de 10 milhões de cidadãos fluminenses. Além disso, irá garantir a universalização do abastecimento de água em 10 anos (99%) e o esgotamento sanitário em 12 anos (90%). Todo o esgoto coletado será tratado.
Outro grande marco da Águas do Rio será a contribuição para a recuperação ambiental da Baía de Guanabara com a construção de coletores de esgoto ao redor da baía, formando um “cinturão”, que vai evitar que milhões de litros de esgoto sem tratamento sejam despejados diariamente nesse ecossistema, um dos cartões postais do estado. Somente na implantação dos cinturões serão investidos R$ 2,7 bilhões nos próximos cinco anos. Segundo Alexandre Bianchini, presidente da Águas do Rio, a empresa realizará também investimentos para recuperar e ampliar a capacidade das Estações de Tratamentos de Esgoto existentes e na construção de novas estações.
Deve-se ainda considerar os benefícios sociais, com geração de emprego e renda, qualificação profissional, inclusão social e a ampliação da tarifa social, que hoje contempla menos de 1% dos clientes, no intuito de atender mais pessoas de baixa renda.
Para o presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini, muita coisa vai melhorar com a chegada da Águas do Rio: a regularidade da distribuição de água; o meio ambiente, com o esgoto sendo tratado, a saúde pública, porque consumir água tratada e não ter contato com esgoto protege a população dos vírus e das doenças, principalmente agora em época de pandemia. Assim terá menos gente ficando doente por causa de água contaminada, menos crianças faltando aula, menos trabalhador tendo que ficar em casa. “Nós queremos que todos tenham acesso a água tratada, porque sem isso não há saúde nem dignidade.