Jornal Povo

JAPERI: Prefeita desmascara falsa denúncia sobre kit alimentar nas escolas

A prefeita Fernanda Ontiveros realizou uma visita de vistoria nas escolas municipais para acompanhar a entrega dos kits alimentação para os alunos da rede municipal de educação e apurar denúncias feitas em rede social de que haviam produtos supostamente vencidos e estragados, alguns com larvas e bicho como chegou a ser veiculada através de um vídeo em facebook.
Segundo Fernanda, a prefeitura, através da Secretaria Municipal de Educação adquiriu os kits para atender aos 14 mil alunos da rede municipal, matriculados. A prefeita fez questão de enfatizar que não há distribuições de alimentos fora da validade para à população, e que qualquer kit alimentação que apresente anormalidade pode ser trocado por outro. Ela também afirmou que pretende implementar um processo de fiscalização presencial na empresa onde são embalados os kits.

A prefeita classificou como criminosa as falsas denúncias de distribuição de kits com itens vencidos ou estragados e atribuiu este movimento a interesses de pessoas que querem desestabilizar a administração e levar pânico a população. “Dos 14 mil kits adquiridos recebemos até o momento apenas duas notificações de itens com embalagens violadas, que foram prontamente trocados e mesmo assim os alimentos estavam dentro do prazo de validade.
Ao que diz respeito ao assunto, a prefeita concluiu que vai fazer uma cobrança incansável para provar que o ato foi criminoso, chamando a atenção para o momento de pandemia em que estamos passando. “Inadmissível. Vou pedir um relatório e se tiver algum problema, que possamos resolver imediatamente. Minha busca é por serviço público de qualidade.” Finalizou a prefeita. ”
Um dos vídeos bastante polêmicos que circulou na rede, foi um suposto pai de aluno, que denuncia que as latas de sardinha tinham larva. Ele anuncia isso e em seguida abre uma lata lacrada e encontra o alimento deteriorado, como se tivesse certeza absoluta do que encontraria dentro daquela lata
O diretor Júlio, da escola Santos Dumont também questionou a origem do vídeo postado. A origem é duvidosa. “Não houve mais nenhuma declaração a respeito. Como vai provar que aquela lata de sardinha era do kit. E como ele narra para ver o que tinha dentro da lata com total convicção do que lá encontraria. Jeito, no mínimo estranho de adivinhação” .

Morador do bairro Citrópolis, o pedreiro Carlos Alberto, de 42 anos, foi um dos contemplados e agradece a prefeitura pela iniciativa. “Muito bom, não tenho o que reclamar. Assim como eu, muita gente é ajudada por essa alimentação que é entregue. Precisamos apenas receber regularmente, que não fique por muito tempo sem dar os kits à população”, disse.
Em depoimentos, as pessoas saíam visivelmente felizes com os kits recebidos. Sob a supervisão da gestora Edna pladena, da escola Ary Schiavo. Para a nutricionista, doutora Patrícia não é suportável ver o seu trabalho ir por água abaixo. “Vamos nos dedicar cada vez mais para efetuarmos uma fiscalização que nos dê a garantia total de não errarmos. ” Enfatizou a doutora Patrícia.

Ministério Público liberou compra emergencial
A aquisição dos Kits para rede municipal de Educação de Japeri foi tema de matéria veiculada em um noticiário de televisão questionando a sua compra de forma emergencial. Acontece que o devido processo licitatório foi interrompido pelo Tribunal de Contas para esclarecimentos de pontos questionados ou por contestação, situações normais de uma licitação.
Para garantir a entrega dos kits aos alunos que encontram-se em casa em razão da pandemia a prefeitura procurou o Ministério Público e conseguiu obter a autorização para realizar a compra de forma emergencial, até que seja liberada a conclusão da licitação. Esclarecemos ainda que há um acordo com o Ministério Público e a Defensoria Pública no sentido de que todos os alunos da rede recebam os kits. Também deixamos claro que se houve caso de alimentos vencidos os pais dos alunos devem procurar a respectiva unidade escolar onde o kit foi retirado para fazerem a troca. Afirmamos de pronto que a empresa será devidamente responsabilizada, podendo inclusive ter o pagamento suspenso se confirmadas as reclamações. ” Esclareceu a prefeitura de Japeri em nota oficial.

Opinião

Nos tempos do coronelismo
Antonio Novinho – Jornalista
Para quem acompanha a política recente da Baixada Fluminense não é difícil entender casos como esse de Japeri. Há poucos dias, um jornal da região estampou uma manchete com termos chulos, referindo-se à cidade e a sua governante. Fica mais fácil ainda entender a etmologia política da cidade, sabendo da história dos seus últimos donatários. O problema é que isso acabou. Quando surgiu a ideia da doutora Fernanda Ontiveros disputar o cargo de prefeita da cidade era, justamente para dar um fim nesses casos complicados do ciclo vicioso da política do coronelismo, onde certos grupos sempre comandaram e se acostumaram a mandar na cidade. Sabemos que oposição existe. Agora, quem está por trás de certas ações é que é o problema. No caso das fake news, o próprio presidente da república recuou em seus discursos para não complicar ainda mais a situação caótica que hoje se encontra a nação. Direcionando para a cidade de Japeri é necessário encontrar imediatamente os responsáveis por esses atos que fazem a gente regredir no tempo para contemplar esse mar de sujeiras das recentes gestões viciosas da cidade.