Por: Dr. Luiz Alberto Soares.
E assim vou colhendo os meus remendos, e nessa imensa colcha da vida, um dia quero me cobrir com as boas ações que pratiquei; quero me banhar no rio da honestidade; quero dormir o sono dos justos; quero ter os sonhos mais lindos. De retalho em retalho eu criei uma obra de arte, e assim, quero fazer: dos meus dias, um eterno aprendizado; da sabedoria, meu livro de cabeceira; dos ensinamentos de Deus, minha bússola; das palavras, uma amiga e minha forma de desabafo; do equilíbrio, uma paz; dos meus poemas, uma viagem; do silêncio, uma reflexão; do medo, um guardião para não me deixar cair em tentação; do tempo, meu animal de estimação; do ontem, uma história a ser contada; do hoje, o meu ponto de partida; do futuro, uma porta a ser aberta; da luz, um caminho na escuridão; do abraço, um laço; do amigo, alguém que eu possa contar no momento de aflição; do amor, a esperança de um mundo melhor; da emoção, uma satisfação; do coração, um abrigo para quem gosta de mim; da ida, uma volta; da alegria, a beleza; da morte, a linha de chegada; da saudade, um livro a ser lido quando alguém partir; e da eternidade, a continuidade da alma. Assim eu me mantenho vivo, mesmo que eu tenha que partir.
Dr. Luiz Alberto soares é Juiz de direito e Escritor.
