Jornal Povo

PM bom na caneta

AUTOR DE DUAS OBRAS LITERÁRIAS, POLICIAL MILITAR MOSTRA O LADO QUE POUCOS CONHECEM DA CORPORAÇÃO

Com a ideia de que só a educação poderá salvar os jovens, o agente de segurança público pretende escrever mais duas obras literárias e contribuir para a boa imagem da instituição a qual pertence

Lotado no 39º Batalhão de Polícia Militar, Belford Roxo, região da Baixada Fluminense do estado do Rio de Janeiro, o Sargento Luís Fernando Santos, 42 anos, é o retrato fiel de um Brasil de muitos brasileiros sonhadores, onde, sua infância e adolescência foram no, então, e, também, município da baixada, Duque de Caxias foram cercadas por muitas dificuldades, fazendo com que a força em vencer sempre estivesse à frente dos seus pensamentos diários.


Ainda na década de noventa, o atual Sargento era apenas um jovem que tinha em suas obrigações estudar e ajudar no sustento da sua família. Filho de pais de classe financeira baixa, Luís passou por situações desesperadoras para ao menos garantir um pouco de alimentação para ele e sua família, sendo uma incansável rotina fora do padrão ideal para qualquer adolescente.

Com a sede de vencer e ser espelho dentro de casa, as suas virtudes fizeram com que o seu caminho não desviasse, logo, não seguindo para lado ruim da vida, porém, sempre em sua mente a palavra “educação” era mantida como norte para que houvesse uma mudança e esperança de dias melhores.

“Passei por muitas necessidades na minha infância, por conta disso eu tinha de ajudar os meus pais em casa com trabalho. Um tio materno, meu, me apresentou a leitura através de livros e me incentivou a começar a ler para adquirir conhecimentos.”

Comenta o Sargento que, dá graças por ter sido inserido ainda novo ao hábito da leitura, onde foi notória, a partir desse fato, para a sua caminhada até chegar à polícia militar: “Eu fui tomando gosto por ler e percebia que tudo só poderia mudar com a educação andando lado a lado.

Os livros me levavam para viagens de conhecimentos surreais e foi com isso que comecei a estudar para fazer o concurso público da polícia, pois, eu sabia que minha vida seria melhor com um emprego digno e só o estudo me levaria a esse patamar.


Com dezesseis anos dentro da intuição de segurança pública, o Sargento Fernando como é mais conhecido, passou a ver em sua rotina de trabalho pelas ruas o quanto os jovens estavam perdidos e indo para o caminho errado, por falta de acesso à educação.

Foi pensando em seu passado, como os presentes que se depara nas rondas externas, que teve a ideia de contribuir para a mudança coletiva da sociedade, resolvendo há cerca de três anos atrás começar a escrever um livro e poder somar com a educação, deixar o seu legado e exemplo, nascia, de suas mãos e pensamentos, a sua primeira obra “O PROTEGIDO” de ficção.

tomando uma proporção não imaginada por lugares onde a leitura não era um hábito e assistindo muitos jovens se interessando por querem adquirir conhecimentos, no ano de 2020 foi lançado a sua segunda publicação “ELOÁ” um romance com temas e dilemas atuais, ambos publicados pela editora Diversa, o policial e autor vem se destacando por mostrar um lado pouco conhecido da PM.

“O fato de eu ser um agente de segurança pública não diz só que as mudanças devem ser obtidas somente com “guerras”, e sim, também com a transformação na vida dos cidadão aos quais levamos o sentimento de proteção.

Uso os meus livros para levar histórias e intimidade com as palavras e tentar fazer com que as pessoas leiam mais, conheçam mais, estudem mais e possam deixar a vida errada ou seguir em frente e deixar o errado para trás”.

Finalizou Luiz Fernando, que recentemente teve uma tarde de autógrafos no seu batalhão de serviço, tendo o apoio de sua comandante, Tenente-Coronel Daniele Neder e do deputado estadual Marcelo Dino, PSL, os seus colegas de farda puderam conhecer o seu lado autor e saberem que Luís está se preparando para mais um novo livro.