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Alarmante:”Covid-19: Cidade do Rio ultrapassa 500 internações; número em enfermarias é o maior desde variante Delta”

Em meio à nova onda de casos de Covid-19 provocada pela variante Ômicron, a cidade do Rio tem, na manhã desta segunda-feira, 506 internados com a doença na rede pública, mostra o painel Covid-19 da prefeitura. Em relação aos leitos de enfermaria, que correspondem a 59% das atuais hospitalizações, o número é o maior desde o pico da variante Delta, considerada mais severa do que a Ômicron.

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O município encerrou este domingo com 294 internados em leitos clínicos, a maior quantidade desde o dia 29 de agosto de 2021, que contabilizou 322 hospitalizações do tipo. À época, a cidade estava no auge da onda da Delta.

Quanto aos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o total de internações era 206 neste domingo. Tamanha quantidade de hospitalizações em UTIs não é vista desde o dia 7 de outubro de 2021, quando o Rio registrou 211 internações e se encontrava na descida da onda da Delta.

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Somando leitos de enfermaria e de UTI, a quantidade de internações no município é a maior desde 21 de setembro do ano passado, quando o Rio contabilizou 511 internações e acabara de atravessar o pico da Delta. A variante foi recentemente desbancada pela Ômicron nas análises de sequenciamento genético.

Em seu auge, a Delta provocou quase 900 internações na cidade, das quais a maioria (aproximadamente 500) era em UTI. Até agora, a alta de internações no município não se refletiu na quantidade de mortes, que segue estável. A média móvel de óbitos confirmados em 24h no Rio era de 1 neste domingo.

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O fato de a Ômicron se igualar à Delta nas internações em enfermaria pode ser explicado pela maior transmissibilidade da nova variante. Embora menos severa, a Ômicron é mais contagiosa, o que aumenta de maneira proporcional o número absoluto de pessoas que vão precisar de suporte em leitos de internação.

De acordo com um boletim epidemiológico lançado pela prefeitura na semana passada, as faixas etárias de 20 a 39 anos e de 40 a 59 foram as mais afetadas pela nova explosão de casos. Já contemplados pela dose de reforço, os grupos de 60 a 79 anos e de maiores de 80, que tiveram situação mais crítica ao longo da pandemia, foram os públicos que registraram o menor aumento de confirmações na nova onda.

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Além disso, entre as pessoas de 12 a 59 anos que já tomaram a dose de reforço, não houve nenhum registro de morte por Covid-19 entre os dias 1° de dezembro e 10 de janeiro, apontam dados da prefeitura.

Na primeira semana epidemiológica de 2022 (2 a 8 de janeiro), a cidade registrou o maior número de casos de síndrome gripal (que podem incluir viroses de outras causas, como a influenza) desde o início da pandemia. Foram 112.192 ocorrências, praticamente 19 mil novos casos por dia.

O número é 93% maior do que o da semana epidemiológica com o segundo maior número de casos da pandemia: a semana 33 de 2021, que foi de 15 a 21 de agosto, em meio ao pico da variante Delta. O total de diagnósticos observados naquele período foi 57.886.