O povo do Palácio da Cidade deve estar contando muito com a ajuda de Iansã (ou de São Pedro, a gosto do fiel) nestes diluvianos dias de janeiro.
É que, fechadas as contas de 2021, levantamento feito pelo gabinete da vereadora Teresa Bergher (Cidadania) concluiu que o município só gastou R$ 120,8 milhões, ou 34% do orçamento, na prevenção aos estragos das enchentes.
Segundo o Sistema de Informações Gerenciais da prefeitura, em 2020 foram liquidados R$ 184,8 milhões. Isso significa que, no primeiro ano da nova gestão de Eduardo Paes (PSD) houve uma queda de 35% na execução orçamentária do setor.
Patinhos feios
Algumas ações foram extremamente impactadas, como a “estabilização geotécnica”, que liquidou apenas 19% do orçamento de R$ 137,4 milhões para contenções de encostas.
Foram gastos R$ 26 milhões no que evita os temidos deslizamentos de terra e pedras.
E na “urbanização e revitalização em comunidades carentes”, que tinha orçamento de R$ 4,6 milhões, só foram executados R$ 66 mil (1,4% do previsto).
Luz do sol por trás da nuvem
Para 2022, estão previstos gastos de R$ 589,5 milhões — um acréscimo de R$ 238,8 milhões, ou de 68% — no orçamento previsto para ações de prevenção aos efeitos das enchentes na cidade do Rio.
Pelo menos, é o que está no papel.
“Resta saber se o prefeito vai executar este orçamento”, alerta a vereadora Teresa Bergher (Cidadania), escaldada com a diferença entre o real e o planejado.
De novo!
Apesar da previsão gordinha para este ano, mais uma vez houve redução na verba para a ação 3539 — “estabilização geotécnica”: foram 23% de perda justamente na realização das obras de contenção de encostas (a prevenção é de menos R$ 31,8 milhões para 2022).
Fonte: Extra Online.