Jornal Povo

Preso na Colômbia, Bernardo Bello quase foi detido pela Polícia Federal no início do mês

Preso na noite de sexta-feira, dia 28, no aeroporto de Bogotá, na Colômbia, Bernardo Bello quase havia sido detido no embarque para a viagem a Dubai no inicío deste ano. De acordo com o advogado James Walker, Bernardo foi abordado por um agente federal e informado sobre um pendência com a Interpol, mas foi liberado depois.

Bernardo Bello foi preso na Colômbia nesta sexta-feira
Bernardo Bello foi preso na Colômbia nesta sexta-feira

No dia 8 de janeiro, ele embarcou no aeroporto do Galeão, acompanhado da namorada e de cinco crianças rumo ao oriente médio. Ao fazer a conexão em Guarulhos, ele foi abordado por um policial federal durante o processo de imigração e informado que havia uma comunicação de prisão contra ele, emitida pela Interpol. Bernardo ficou uma hora e meia retido, quando uma funcionária da imigração retornou com os passaportes do grupo e disseram se tratar de um equívoco liberando o embarque.

No Rio, foram presos os seguranças de Mello, Thyago Ivan da Silva e Carlos Diego da Costa Cabral. Integra

— Ao chegar em Dubai, ele entrou em contato comigo. Ele relatou que antes de embarcar questionou se a situação dele estava legal e foi confirmado que sim. Ele pediu para eu verificar a situação e fiz uma petição sobre o assunto dirigida à juíza Tula Melo, mas ela simplesmente não despachou. Já havia então um mandado de prisão, que estava datado do dia 24. Eles realizaram isso de forma absurdamente sigilosa para ninguém saber — disse.

O advogado Fernando Augusto Fernandes, que defende Bernardo Bello, disse a O GLOBO, que seu cliente estava com passagem marcada de retorno para o Brasil neste domingo, dia 30. Segundo Fernandes, a defesa pretende convencer as autoridades colombinas e brasileiras de que seu cliente possa retornar ao território brasileiro com a passagem que já comprou.

— Ele tem passagem previamente comprada para o dia 30, amanhã. O mandado de prisão é uma folha. Da notícia de prisão de Bernardo Bello, nem ele, familiares ou advogados conseguiram até o momento acesso a decisão que determinou a prisão. Há claro ferimento ao Pacto de São Jose da Costa Rica nos arts 7 e 8, alem do art. 5 LXI e LXIII da Constituição. A defesa não teve acesso a ordem de prisão dele. É direito constitucional de que o preso seja cientificado das razões da sua prisão. Não basta citar artigos. É possibilitar que possa ser lido os fundamentos que o juiz deu para prendê-lo. Não há periculosidade alguma. Há uma acusação de um ato grave, mas ele é primário e jamais foi condenado por crime nenhum. Ele não resistiu a prisão, foi preso num hotel diante dos filhos e com a passagem marcada de volta ao Brasil — afirmou o advogado de Bello.