Jornal Povo

Operadora abre vagas de emprego para pessoas trans; inscrições terminam hoje

As inscrições do Transforma Tim, programa criado pela operadora para incluir pessoas trans no mercado de trabalho e oferecer a elas qualificação, terminam nesta segunda-feira, dia 31 de janeiro. Os interessados devem acessar o site transformatim.com.br.

Para esta primeira edição, estão disponíveis vagas em lojas e no call center da empresa de telefonia. É necessário ter Ensino Médio completo.

O processo seletivo será conduzido pela consultoria Transcendemos. O projeto conta ainda com a parceria da Ampli, edtech de ensino digital da Kroton, que vai oferecer bolsas de 100% na graduação para as pessoas contratadas.

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Na foto, o funcionário Theodoro Souza e Silva Foto: Divulgação Tim

“Estamos muito felizes em poder, junto à TIM, ajudar a mudar a realidade das pessoas trans ao oferecer educação de qualidade, de forma acessível e flexível, contribuindo para o desenvolvimento profissional e inserção no mercado de trabalho. Essa parceria está em total alinhamento com nosso o propósito de ESG, que é impactar as pessoas por meio da educação para um mundo melhor e com nossos compromissos claros na construção de uma sociedade mais equilibrada e equânime”, declara Leonardo Queiroz, Vice-Presidente de Crescimento da Kroton.

Há vagas em lojas no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Já as posições para o call center são para trabalho remoto. As pessoas que não forem contratadas serão indicadas para oportunidades no parceiro comercial de televendas e também farão parte do banco de talentos LGBTI+ da TIM.

“Diversidade é uma riqueza e não um problema. Devemos olhar para talentos trans como força, como potência. São profissionais que vão trazer novas visões de mundo e diferentes experiências de vida aos times da Tim. Precisamos arregaçar as mangas e assumir uma postura ativa na busca e no apoio ao desenvolvimento profissional dessas pessoas candidatas”, afirma Gabriela Augusto, diretora fundadora da Transcendemos.

 A ação afirmativa de empregabilidade é voltada a uma comunidade que enfrenta grandes desafios para sobreviver: segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), 90% das pessoas trans no Brasil se mantém por meio da prostituição, pois são alvo de intensa discriminação na hora de buscar um trabalho.Outra pesquisa da Antra, a TransAção, mostra que 94,8% das pessoas trans já sofreram algum tipo de violência provocada pela discriminação de gênero e 87,3% destacam que sua principal necessidade é o direito a emprego e renda.

“É uma realidade que nos impacta e nos motiva a buscar soluções para transformá-la”, comenta Giacomo Strazza, Head de Desenvolvimento, Educação e Inclusão no RH da Tim.