Por: Dr Luiz Alberto Soares, Juiz se Direito e Escritor.
Alguns me veem como um lunático sonhador que acredita que o ser humano pode ser mais gentil e menos individualista. Às vezes me vejo envolto em pensamentos que me trazem indagações. Eu sei que um dia tudo vai acabar. É quando entraremos no jardim dos deuses. Onde reina a Dona dos Adeuses, a Senhora Morte, que nos esmaga com os saltos cruéis de seus sapatos alados e seus ossos ferozes. Nem sempre eu cheguei onde eu quis.Na vida, muitos são os desafios, os encontros e os desencontros e nessa estranha máquina que nos carrega, nos transforma, nos faz felizes ou solitários, passamos uns pelos outros, rapidamente, demoradamente, ou em uniões e amizades permanentes, essas que resistem ao tempo e nos confortam quando mandamos um recado, um olhar, um whatsapp, um e-mail, ou até um pedido silencioso, preciso ombro, escuta, resposta, ah, a importância das respostas.
E assim vamos de amado em amado, amigo em amigo, grupo em grupo, como crianças em ciranda (ainda se faz isso?) trocando de mãos, de lado, estando no centro ou fora do círculo. Não controlamos a maior parte desses acontecimentos que nos exaltam ou nos deixam de coração partido, por dias, meses, anos ou… sempre. Hoje o que importa é viver.
