Jornal Povo

Apresentado no Fluminense, Fernando Diniz promete ‘ganhar muito mais do que em 2019’ e chama Ganso de gênio

Fernando Diniz não teve meias palavras ao falar sobre sua segunda passagem pelo Fluminense, que se inicia nesta segunda. A principal meta do treinador vai de encontro com a maior preocupação do torcedor, que gostou do futebol praticado pelo time em 2019 mas não viu os resultados ocorrerem em campo.

– Pretendo ganhar muito mais do que ganhei em 2019, para ser bem objetivo. E melhorar também o rendimento. Mas o principal é ganhar mais partidas.

Os números de sua primeira passagem não empolgaram. Sob comando de Diniz, o Fluminense teve apenas 49,2% de aproveitamento em 44 jogos. Foram 18 vitórias (sendo apenas três em 15 rodadas do Brasileiro), 11 empates e 15 dderrotas. Apesar da boa relação com o elenco, os maus resultados custaram sua demissão.

Fernando Diniz é apresentado no Fluminense pelo diretor de futebol Paulo Angioni e pelo presidente Mário Bittencourt
Fernando Diniz é apresentado no Fluminense pelo diretor de futebol Paulo Angioni e pelo presidente Mário Bittencourt Foto: Marcelo Gonçalves / Fluminense

De lá para cá, Diniz passou por São Paulo, Santos e Vasco. Sua passagem mais duradoura e com melhores resultados foi no tricolor paulista. Depois, emendou trabalhos curtos e sem atingir os resultados esperados. Mas diz ter evoluído no período.

– Foram três anos vivendo, trabalhando, aprendendo coisas novas em todos os sentidos. Criando diferenciações táticas para os jogadores se sentirem mais confortáveis, buscando por que as coisas não deram certo em um time ou em outro. E eu sou uma das pessoas que mais me questionam sobre o que estou fazendo.

Diniz também não mediu palavras para falar de Paulo Henrique Ganso. Contratado na primeira passagem do treinador, o camisa 10 vive seu melhor momento no Fluminense. E nunca escondeu o quanto gostou de ter trabalhado com ele.

– Eu tenho uma relação muito próxima com o Ganso. Tentei levá-lo para o Santos, mas ainda bem que não deu certo. Quando falo do Ganso e ele não está vivendo um bom momento, não está jogando, soa estranho para quem ouve. Minha opinião sobre ele nunca oscilou, e o Ganso para mim é um gênio. É um cara que faz coisas, e eu joguei e treinei muita gente talentosa. Ele faz coisas que ninguém faz – elogiou Diniz:

– É um gênio criativo que, por alguns motivos, não conseguiu ter a carreira que o talento dele merecia. A gente teve aquele contato na primeira passagem, eu que me meti para ele vir naquele primeiro momento. Foi uma coisa que construí com o Fluminense. Acredito nele como jogador, como pessoa, e fico feliz que o Abel tenha conseguido junto da equipe ter colocado o Ganso para jogar antes de eu chegar. Senão, iam achar que o coloquei só porque gosto dele. Ele é genial mesmo e fico muito feliz pelo momento que ele está vivendo.

Conhecido por um sistema de jogo que prega a construção de trás, começando pelo goleiro e partindo de pé em pé por cada jogador, Diniz não terá tempo para fazer o time absorver suas ideias antes da estreia. O primeiro compromisso dele à frente do Fluminense será nesta quarta, contra o Junior Barranquilla, pela Sul-americana, no Maracanã. O clube vive situação delicada no torneio. É o terceiro colocado do Grupo H, com 4 pontos, três a menos que os colombianos, líderes da chave. Restam três rodadas, e apenas o primeiro colocado avança às oitavas.