Jornal Povo

Após ameças de ataque, atividades na Unirio retomam nesta quarta-feira

Unidade da Urca ficou dois dias sem aulas

Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da Unirio, na Urca, onde estuda aluno apontado como autor das ameaças

Rio – A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) informou, nesta terça-feira (21), que as atididades da unidade da Urca, Zona Sul da cidade, serão retomadas nesta quarta-feira (22). As aulas foram suspensas nesta segunda e terça-feira, após um aluno do curso de Sistemas de Informação promover ameaças de ataques à universidade.

A Unirio também detalhou algumas medidas que serão tomadas para a garantir a segurança do local:

1) Acionamento dos órgãos oficiais, entre eles, Polícia Federal e Polícia Especializada ao caso, com o acompanhamento da Procuradoria Federal junto à Unirio;

2) Ações voltadas ao discente, com o estabelecimento de contato com a família e a disponibilização de profissional especializado para o acolhimento e o acompanhamento pessoal e familiar;

3) Outras ações voltadas à melhoria do serviço de segurança nos campi da Universidade, como o monitoramento por câmeras e o reforço na iluminação. Neste contexto, como medida adicional de controle de acesso à Universidade, a equipe de vigilância poderá solicitar a identificação na entrada dos campi, com apresentação de carteiras de identidade, funcional ou de estudante;

4) Abertura de procedimento disciplinar apuratório, com vistas ao estabelecimento de medida cautelar e de outras decorrentes;

5) Monitoramento das ações desencadeadas para a atualização permanente das informações e consequente divulgação à comunidade acadêmica, colaboradores e público em geral.

Diante dessas medidas adotadas, a Reitoria comunica, ainda, o retorno às atividades presenciais a partir do dia 22 de junho, quarta-feira, em todos os campi, incluindo o Restaurante Universitário e a Biblioteca Central.

O estudante suspeito se autodenomina um “incel”, ou seja, um celibatário involuntário. O grupo é formado por homens solitários que se reúnem em fóruns na internet. Em comum, está a rejeição por mulheres e homens sexualmente ativos e o teor do discurso de ódio e misoginia.Em um canal no YouTube, o homem já havia gravado vídeos com conteúdos racistas e misóginos. Mais recentemente, ele publicou e em seguida removeu de um site de plataforma de vídeos, ameaças de massacre com uso de armas na unidade.