
Agentes da Polícia Federal (PF) saíram às ruas, na manhã desta quarta-feira (10), para desarticular uma quadrilha suspeita de cobrar propina de empresários do ramo hospitalar.
Os investigadores estimam que o prejuízo causado pelos criminosos chegue a R$ 664 milhões.
O esquema, segundo informações da PF, ocorreu entre 2014 e 2019, e envolveu a gestão de uma operadora de planos de saúde para servidores públicos.
Nesta manhã, cerca de 40 policiais foram a endereços no Rio e em Petrópolis, na Região Serrana, cumprir nove mandados de busca e apreensão.
As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal Criminal.
A Justiça Federal também determinou que fossem sequestrados bens e valores que cheguem à soma de R$ 664 milhões – o que segundo a investigação equivale ao prejuízo causado pela quadrilha.
A ação desta quarta foi batizada de “Operação Glosa”. O nome faz referência a um ato administrativo para checar se procedimentos hospitalares estão de acordo com os protocolos estabelecidos pela unidade de saúde e pela operadora.Quando ocorre a glosa de determinado item, o pagamento por ele não é feito.
Pagamentos mais rápidos
A investigação aponta que, em troca de propinas, os integrantes da quadrilha:
aceleravam pagamentos a hospitais,
deixavam de bloquear valores
e facilitavam o reajuste de tarifas de hospitais também suspeitos de integrar o esquema.
Os policiais federais e procuradores da República que investigaram o grupo criminoso afirmam que a quadrilha recebeu “dezenas de milhões de reais ao longo de cinco anos por meio de propina”.
O pagamento ocorria, de acordo com a apuração, em “percentuais previamente definidos e aplicado sobre o faturamento da empresa com a operadora do plano de saúde”.
A PF informou que criminosos vão responder por corrupção passiva , corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Reportagem Ricardo Xerem
Imagens: internet