Jornal Povo

Apuração dos votos será acompanhada no TSE por presidentes do Supremo, Congresso e TCU

BRASÍLIA (Reuters) – A apuração do resultado das eleições gerais no domingo será acompanhada pessoalmente na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, afirmaram fontes à Reuters.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, convidou autoridades de outros Poderes e instituições para seguirem a apuração dos votos para presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais e distritais a partir das 17h (horário de Brasília).

A iniciativa de Moraes ocorre em meio a uma série de ataques e questionamentos –sem provas– que o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), tem feito sobre o atual sistema de votação por meio das urnas eletrônicas. Bolsonaro está em segundo lugar nas pesquisas nacionais, que indicam uma possibilidade até de a disputa presidencial acabar já no domingo com a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A medida, segundo uma das fontes, é para demonstrar força institucional no momento da apuração e, assim, evitar que uma eventual contestação ao resultado possa ocorrer. Moraes já disse publicamente que quer divulgar na noite de domingo o resultado das eleições presidenciais.

Além de Rosa Weber, também devem comparecer ao TSE os ministros do Supremo Luiz Fux, ex-presidente do tribunal, Gilmar Mendes, decano da corte, e Luís Roberto Barroso, que presidiu o TSE até fevereiro deste ano e começou o processo de preparação para as eleições, segundo outra fonte.

O TSE ainda tem outros três ministros do Supremo em sua composição: além de Moraes, os ministros Ricardo Lewandowski, vice-presidente do tribunal eleitoral, e Cármen Lúcia.

Pacheco, que também preside o Senado, votará em Belo Horizonte, seu domicílio eleitoral, e depois irá a Brasília para acompanhar a apuração. Desde o início do ano, o senador tem atuado para defender a cúpula do Judiciário de ataques de Bolsonaro e também assegurar a confiança nas urnas.