Por: Dr. Luiz Alberto Soares, Juiz de Direito e Escritor.
O tempo é nosso ativo mais valioso, mas o que vemos por aí, nestes dias, são executivos estressados e trabalhadores sobrecarregados usando de um novo clichê interminavelmente repetido: “Não tenho tempo”. É uma das frases mais pronunciadas, desculpa para não cuidar de si nem dos outros, para não amar, para se embrutecer com um trabalho além do que exigiria uma existência digna, para não prestar atenção ao amante, ao filho, ao amigo, nem à beleza do mundo que também existe. Gememos sob a carga às vezes excessiva e desnecessária de compromissos, para que a família viva acima das suas posses, o filho continue fora da realidade, para alimentar um vício, ou ainda porque “temos de” acumular mais bens do que poderemos desfrutar, e assim acabaremos não tendo, como disse um dia um amigo, “nem o tempo de uma risada”.