Crime ocorreu no domingo (30) em uma loja no Centro da cidade. Homem foi identificado e detido nesta sexta-feira (5).
Manifestantes e ativistas das causas animais fizeram uma passeata em São João da Boa Vista (SP), na manhã deste domingo (7), pedindo punição para o homem suspeito de espancar e matar uma cachorra queimada dentro de uma casinha
. Ele foi preso na sexta-feira (5).
O crime de maus-tratos ocorreu no domingo (30) em uma loja de roupas onde a cadela Café, de 8 anos, vivia. Os manifestantes gritavam pedindo por justiça e condenação por pena máxima para o autor do crime.
Dezenas de pessoas saíram de frente da Delegacia Geral de Polícia de São João da Boa Vista e seguiram até a praça Coronel Joaquim José. Ao longo do caminho tiveram apoio de motoristas que buzinavam e aplaudiam a manifestação.
Crime
A morte de Café teve muito repercussão na cidade. Segundo informações do boletim de ocorrência, na noite do domingo, após fechar o estabelecimento comercial onde Café vivia, a dona do viu pela janela da sua residência o momento em que o suspeito ateou fogo no animal e fugiu por uma escada colocada na parede. A Polícia Militar foi acionada.
O homem, vizinho do imóvel onde vivia a cachorra, foi identificado durante as investigações para o esclarecimento do caso. A autoridade policial solicitou pelo mandado de busca e apreensão e também pela prisão preventiva do suspeito, que foi deferida pela Justiça.
O suspeito foi detido em sua casa, nesta sexta-feira (5) e encaminhado à cadeia pública da cidade. Foram solicitados exames junto ao Instituto Médico Legal (IML) e o caso foi registrado como praticar ato de abuso a animais e dano na Delegacia Seccional de Boa Vista.
A identidade do suspeito não foi divulgada, por isso não localizamos sua defesa.
Queimada viva em casinha
Por motivos ainda desconhecidos, o homem invadiu o comércio e espancou a cachorra, que correu para a casinha.
Em seguida, ele encostou a entrada da casinha na parede e ateou fogo. O animal chegou a ser socorrido em estado gravíssimo, mas não resistiu aos ferimentos.
A morte brutal gerou comoção no município de cerca de 90 mil habitantes.
“Não podemos aceitar um ato tão cruel e covarde dentro da nossa cidade. Nunca em 17 anos de proteção animal imaginei ver isso aqui”, postou a protetora animal Joceli Mariozi.
“Criminosamente a Café foi embora. Deixou um legado de docilidade, companherismo e mansidão. Saudade eterna”, postou a tutora nas redes sociais.
Crime de maus-tratos
Maus-tratos, abuso e violência contra animais é crime previsto por lei. A pena é de dois a cinco anos de prisão, multa e perda da guarda do animal.
Denúncias de crimes contra animais podem ser feitas na Delegacia Eletrônica de Proteção Animal (DEPA) ou na delegacia do município.