Eles  dizem que só param se o projeto entrar em pauta e for votado

Por: Hyago Santos / Luciano Araújo

Um grupo de pretensos pré-candidatos a vereadores das próximas eleições municipais foi até a Câmara de Nova Iguaçu cobrar do presidente da Casa, Dudu Reina, a colocar em votação o projeto que aumenta o número de cadeiras de parlamentares no município, passando de onze para vinte e nove.  Eles alegam que o atual cenário é uma maneira cria um monopólio político na cidade, e que fica mais difícil ter lideranças de mais bairros a frente do legislativo.

Não é de hoje que o grupo liderado pelas lideranças professor Netinho o ex-vereador Neizinho Irmão pressionam a Casa para a votação desse projeto. Na semana passada eles foram até a Câmara pedir providências quanto a pauta. Na ocasião, o presidente do Legislativo, Dudu Reina, teve um bate-boca acalorado com Professor Netinho. Entretanto, os manifestantes não desistiram e foram até acompanhar a Sessão Ordinária, na esperança de que algo mudasse e que o tão sonhado projeto de aumento das cadeiras entrasse pelo menos na pauta, mas ainda não foi dessa vez. Eles foram apenas para verem moções de congratulações sendo entregues. Em contrapartida, os parlamentares afirmaram a mesma coisa a todo momento: que o tal projeto está prestes a ser votado, mas não deram um prazo de quando isso irá acontecer.

E por fim, o presidente da Câmara de Nova Iguaçu, Dudu Reina, um dos mais esperados a falar na tribuna na sessão desta terça-feira, não se pronunciou. Ele transcorreu a ordem do dia normalmente, sem tocar no assunto. Os manifestantes dizem que isso foi uma afronta a causa, e que os onze vereadores agem dessa maneira por conta de privilégios.

“Eles aprovaram mais de R$ 7 milhões de empréstimos. Viajam, fazem cabides de emprego na máquina pública. É uma verdadeira farra com o dinheiro público. Enquanto isso, a democracia fica de lado. Estamos aqui porque queremos mais representatividade dos nossos bairros, nossos distritos, na Câmara de Nova Iguaçu”, disse o Professor Netinho

E eles já foram taxativos: Enquanto o projeto de aumento de cadeiras não entrar em pauta ou em votação, a cobrança vai continuar.

“Eles não podem cercear o sonho das pessoas. Temos gente aqui que sonha em representar a cidade e não podem, porque não tem cadeira e número de votos suficientes para entrarem como vereadores. Não vamos mais aceitar isso”, disse Neizinho Irmão