Júlio César atuou como diretor do Centro de Recursos Integrados de Atendimentos ao Menor (Criam) e vendeu videogames que foram doados a instituição.
O presidente da Câmara de Vereadores de Engenheiro Paulo de Frontin, Júlio César, vendeu videogames que seriam destinados ao Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Menor (Criam) de Volta Redonda, quando era diretor da unidade. A denúncia foi feita ao Ministério Público, e é mais um dos processos contra o parlamentar envolvendo corrupção direta ou indireta.
De acordo com o MP, em 2007, Júlio César simplesmente pegou quatro de seis videogames Playstation I, que foram doados pelo Juízo da Infância e da Adolescência de Bara do Piraí e deu destino próprio aos aparelhos. Quando foi confirmada sua participação nesse esquema, Júlio César, que na época era o diretor do CRIAM, perdeu o cargo e foi condenado a pagar uma multa de duas vezes o valor dos videogames, além de ter perdido seus direitos políticos por cinco anos.
O processo segue em tramitação, mas Júlio César conseguiu a manutenção de seus direitos políticos por conta de um recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Cassação e perda do mandato a qualquer momento
Essa é apenas uma das peripécias do parlamentar envolvendo escândalos de corrupção. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) já confirmou a cassação do mandato de Júlio Cesar por fraude à cota de gênero nas eleições de 2020. De acordo com a decisão da juíza da comarca de Paulo de Frontin, Drª Denise Salume Amaral do Nascimento, a chapa do Cidadania, partido que Júlio César é presidente do diretório na cidade, não cumpriu a determinação legal de destina 30% das vagas de vereadores a mulheres nas eleições municipais de 2020.
De acordo com apuração do JORNAL POVO, dentro desse esquema de candidaturas fictícias também estava a filha de Júlio César, Juliana da Silva Sereno, que participou em troca de cargos e outros favores dentro da máquina pública de Engenheiro Paulo de Frontin que seriam dados a ela e ao pai.
Ele também está envolvido nos recentes esquemas de fralde em licitações que afastou o prefeito Maneko Artemenko do cargo. Os dois atuavam com favorecimento de empresas ligadas a eles para embolsar verbas de contratos, além de distribuição de cargos para cabos eleitorais.