Jornal Povo

Homem é preso em operação da PF e MPRJ sobre morte de Marielle e Anderson

A ação, batizada de Élpis, ainda cumpriu sete mandados de busca e apreensão

Ex-bombeiro é preso em operação da PF e MP sobre morte de Marielle e Anderson

A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam um homem, na manhã desta segunda-feira (24), na Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.

Os agentes também cumpriram sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e na Região Metropolitana. O preso seria o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel.
Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, se manifestou sobre a ação. “Hoje a Polícia Federal e o Ministério Público avançaram na investigação que apura os homicídios da Vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes”, publicou.
A irmã de Marielle, ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, afirmou que confia na PF e voltou a indagar sobre o mandante das mortes: “Reafirmo minha confiança na condução da investigação pela PF e repito a pergunta que faço há 5 anos: quem mandou matar Marielle e por quê?”
No instagram, o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, também falou sobre a primeira fase da investigação da PF e parabenizou os agentes pela prisão. “Esse é mais um passo importante para descobrir quem mandou matar Marielle Franco. Eu e Marielle começamos a trabalhar juntos todos em 2006, quando me candidatei a deputado estadual pela primeira vez. E sempre enfrentamos juntos a máfia que comanda o RJ.”
Os assassinatos de Marielle e Anderson completaram cinco anos em 2023 sem respostas sobre o mandante do crime. Os dois foram mortos no dia 14 de março de 2018. Em fevereiro desse ano, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a PF abrisse um inquérito paralelo para auxiliar as autoridades fluminenses.

Nas investigações da Polícia Civil, o avanço mais consistente no caso aconteceu em março de 2019, quando Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa foram presos no Rio de Janeiro. O primeiro é acusado de ter atirado em Marielle e Anderson, o segundo, de dirigir o carro usado no assassinato. Quatro anos depois, eles continuam presos, mas não foram julgados. Os dois estão em penitenciárias federais de segurança máxima.

Ronnie foi condenado a 13 anos, 6 meses e 22 dias pela posse de 117 fuzis e farta munição, que foram encontrados na casa do seu amigo Alexandre Motta de Souza na semana de sua prisão. A apreensão é a maior já realizada no estado do Rio de Janeiro. Os fuzis, sem os canos, estavam desmontados dentro de caixas.