Jornal Povo

Flávio Dino usa redes para dizer que há ‘gente incomodada com o avanço das investigações’ no caso Marielle

Ministro Flávio Dino durante a coletiva em que anunciou o resultado da Operação Élpis

Um dia depois de deflagrada a Operação Élpis, que revelou detalhes da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes a partir da delação de Élcio Queiroz, o ministro da Justiça Flávio Dino publicou um desabafo nas redes sociais; “Me impressiona a quantidade de gente incomodada com o avanço das investigações do caso #Marielle. Me impressiona mas não me intimida nem desmotiva.”, escreveu Dino.

O ministro disse ainda ter visto “de tudo nas últimas 24 horas” e listou “disparates jurídicos proferidos por incompetentes; comentários grosseiros na TV; campanhas de desinformação via internet; reclamação pela presença da #PolíciaFederal nas investigações”. No fim da publicação, Flávio Dino reafirma sua disposição em dar continuidade às investigações pesar das reações reações percebidas: “Sabem o que mudou no nosso caminho de luta? NADA.”, escreveu.

A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio deflagraram nesta segunda-feira a Operação Élpis, na primeira fase de uma nova investigação sobre os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes e a tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves, no Centro da capital fluminense, em março de 2018. Em coletiva nesta manhã, o ministro da Justiça. Flávio Dino, revelou informações dadas por Élcio de Queiroz durante uma delação premiada, há 15 dias. Nela, ele confessou que dirigiu o carro usado no ataque e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos. O delator afirmou ainda que ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, o Suel. fez campanas para descobrir a rotina de vereadora.

De acordo com a PF, foi cumprido um mandado de prisão preventiva. O alvo é o ex-bombeiro. Ele passou a ser suspeito de participar do planejamento do homicídio da vereadora. Apontado como cúmplice do sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa, acusado do duplo homicídio, o sargento já havia sido preso em junho de 2020 durante a Operação Submersos II. Segundo o MP, Maxwell era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam num apartamento de Ronnie Lessa. Nesta nova fase, o ex-bombeiro é acusado de ter vigiado e acompanhado os passos de Marielle antes do crime.

Prisão em nova ação

Em fevereiro de 2021, Maxwell foi condenado a quatro anos de prisão por obstrução de Justiça no caso. Ele foi autorizado a cumprir a pena em regime aberto e prestar serviços à comunidade. No entanto, o Tribunal de Justiça acolheu recurso do Ministério Público para aumentar a pena para seis anos e estabelecer o regime fechado.

Na operação de hoje, a prisão ocorre após as investigações apontarem indícios de envolvimento no crime. Ele foi encontrado em casa, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, e acompanhou as buscas no imóvel, feitas por equipes do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ. Ele chegou à sede da Polícia Federal, no Centro do Rio, às 9h31.

Em coletiva no Rio de Janeiro, o superintendente da Polícia Federal Leandro Almada falou sobre a troca de Maxwell por Élcio na direção do carro para o crime. O ex-bombeiro ainda teria participação após o ataque, como para sumir com as armas usadas e com o veículo.

— Essa informação foi passada pelo Élcio, que ele foi chamado no próprio dia do cometimento do crime, e ele informou de campanas, de vigilância anteriores que foram feitas sobre a Marielle, com o intuito, em outras ocasiões, eventualmente numa janela de oportunidade, também cometerem o crime. Isso que ele falou, nós comprovamos tecnicamente. É uma das partes que nós corroboramos, nós não aceitamos versão de colaborador com casca e tudo — disse. — Segundo informação dele (Élcio) é que o Lessa, em uma das ocasiões em que achou que pudesse ter uma janela de oportunidade de cometimento do crime, falou que o Maxwell não teria conduzido de acordo, teria refugado nessa última vigilância e tentativa, daí ele teria definido que na próxima chamaria outra pessoa, que, no caso, foi ele (Élcio).

Segundo as investigações, Maxwell auxilia no crime antes, com a manutenção do carro, a guarda e a vigilância da vereadora, e, após o ataque, auxilia na troca das placas dos veículos e contacta a pessoa que foi responsável por se desfazer do veículo, que foi “picotado”. Ainda segundo o MP, o ex-bombeiro, junto com o Ronnie Lessa, auxiliava a família do Élcio e pagava por sua própria defesa.

Na decisão que autoriza a prisão de Maxwell Simões, a Justiça afirma que o “acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas” e que “haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de ‘gatonet’ em Rocha Miranda”, na Zona Norte do Rio.

Attention Required! | Cloudflare

Sorry, you have been blocked

You are unable to access jornalpovo.com.br

Why have I been blocked?

This website is using a security service to protect itself from online attacks. The action you just performed triggered the security solution. There are several actions that could trigger this block including submitting a certain word or phrase, a SQL command or malformed data.

What can I do to resolve this?

You can email the site owner to let them know you were blocked. Please include what you were doing when this page came up and the Cloudflare Ray ID found at the bottom of this page.