Wagner Nascimento Pessôa, ex-companheiro da vítima, já é considerado foragido
A Justiça decretou, na madrugada deste sábado (14), a prisão temporária de Wagner Nascimento Pessôa, de 42 anos. Ele é apontado como o principal suspeito de matar a ex-companheira Viviane Lima José Laclot, de 48 anos, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na última quarta-feira (11).
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Adriano Marcelo França, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), o pedido de prisão foi feito durante o Plantão Judiciário. O titular informou, ainda, que equipes estão em diligências para dar cumprimento ao mandado. Wagner já é considerado foragido.
Familiares da vítima afirmam que, no dia do crime, Viviane havia ido a casa do ex-companheiro para buscar suas roupas. Segundo os relatos, o suspeito, que não aceitava o fim do relacionamento, esperou dentro de um carro e atirou na vítima assim que ela chegou. Ainda de acordo com os parentes, Wagner tinha comportamento ciumento e o casal passou por diversas idas e vindas durante os dois anos de namoro.
Viviane foi enterrada no fim da manhã desta sexta-feira (13), no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. Muito emocionado, o irmão da vítima pediu por justiça e ressaltou a covardia com que a mulher foi assassinada. “O que mais me intriga é: será que ele premeditou? Ela não teve defesa. Totalmente covarde, foram 13 tiros. Ele foi para matar mesmo! Quem não quer matar, não dá 13 tiros numa pessoa. Quero que ele pague pelo que fez e minha irmã não seja só mais uma”, desabafou Carlos Alberto Lima.
Em 2022, um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontou que o Rio de Janeiro foi um dos locais mais inseguros para mulheres no Brasil. No ano passado, o estado registrou o maior número de tentativas de feminicídio do país com 293 ocorrências, 11% a mais do que o ano anterior, que teve 264.
De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), o Estado do Rio registrou, até julho deste ano, 64 feminicídios e 166 tentativas do crime.
