Tricolor bate LDU no Maraca lotado e vinga 2008

Na última quinta-feira (29), o Fluminense venceu a LDU por 2×0 e faturou o inédito título da Recopa Sul-Americana. A vitória fez o Tricolor exorcizar o trauma contra os equatorianos, que em 2008 silenciaram o Maracanã para levar a Libertadores daquele ano.
A Liga de Quito veio ao Rio para tentar salvar um empate ou levar o confronto para a prorrogação, com as linhas bem compactas e próximas da sua meta. Já o Flu tentava gerar jogo com os dois pontas, os laterais construtores pelo centro, e apenas um jogador na zaga quando o time subia para o ataque.
O Flu não apresentou aquele seu futebol envolvente no primeiro tempo, com jogadores próximos do setor da bola e conseguindo as triangulações. Além disso, o artilheiro Cano tentava finalizações improváveis e não entregou o que a torcida espera dele, tão fundamental na última temporada.
Já na segunda etapa, o panorama começou a mudar com a entrada de John Kennedy no intervalo. O time deu uma leve melhorada, mas ainda não suficiente para furar o bloqueio da LDU.
Com as entradas de Marcelo, Renato Augusto e Douglas Costa, o Tricolor ganhou em técnica e experiência; foi quando Samuel Xavier encontrou Arias pedindo na segunda trave, e o atacante cabeceou para desentalar o grito nas arquibancadas.
Em jogada imprudente, John Kennedy deu uma solada no adversário e recebeu o cartão vermelho. O natural seria a equipe recuar, mas não se tratando de uma equipe de Diniz. O Fluminense não sentiu a expulsão, continuou atacando em busca do segundo gol que selaria a conquista, e ele veio.
Após o pênalti sofrido por Renato Augusto, o herói da noite Árias se encarregou da cobrança. De forma sutil e com toda tranquilidade, bateu cruzado no alto, sem chances para o arqueiro rival, que viu o colombiano sair para festejar o inédito troféu na galeria tricolor.
Além do título, a final contra a LDU, 16 anos depois, no mesmo Maracanã, encerrou com chave de ouro a jornada tricolor após conquistar a Glória Eterna em 2023.
Texto – Caio Quirino