Jornal Povo

Operação prende 17 policiais que faziam a segurança de Rogério de Andrade

Agentes também cumprem 50 mandados de busca e apreensão

O material apreendido durante a operação foi encaminhado a sede do MPRJ, no Centro do Rio
Pedro Ivo/Agência O DIA

Nesta quarta-feira (20), o Ministério Público do Rio (MPRJ) e as corregedorias da Polícia Militar e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizam uma operação para prender 19 policiais militares ligados à segurança do contraventor Rogério de Andrade. Já foram detidos 17 PMs, além de um agente penal.

Dos 20 mandados de prisão, 19 são contra policiais, dos quais 18 ainda estão na ativa e um já reformado. Além deles, um suspeito que não é policial também é alvo das investigações. A operação Petrorianos, do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ainda denunciou 31 pessoas à Justiça por organização criminosa.

Cerca de 200 agentes envolvidos também cumprem 50 mandados de busca e apreensão. Durante a manhã, o material apreendido está sendo encaminhado a sede do Ministério Público, no Centro do Rio.

A ação é um desdobramento da operação Calígula, deflagrada em maio de 2022, que mirava bingos de Rogério Andrade e Ronnie Lessa, e prendeu a delegada Adriana Belém e o delegado Marcos Cipriano.

Sobrinho de Castor de Andrade, símbolo da contravenção carioca na década de 1980, Rogério de Andrade seguiu o legado do tio no jogo do bicho. O bicheiro chegou a ser preso em agosto de 2022, após um pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado), do MPRJ.

No entanto, o contraventor foi solto em dezembro do mesmo ano, quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) substituiu sua prisão por medidas cautelares. Atualmente, ele cumpre prisão domiciliar e usa tornozeleira eletrônica.

Ele responde a processo por chefiar uma organização criminosa que domina o jogo do bicho, a exploração de máquinas caça-níqueis, bingos e cassinos na Zona Oeste do Rio.