Por Daniela Mendes.
O dia 12 de junho é reconhecido pelo dia do combate ao trabalho infantil. Segundo a ONG Criança Livre de Trabalho Infantil, 160 milhões de crianças, entre 5 e 17 anos, foram submetidas ao trabalho infantil no início de 2020. Na América Latina se concentram 8,2 milhões, sendo a maioria destinada a trabalhos em propriedades rurais ou empresas familiares.
A subsecretária de assistência social da prefeitura de Mesquita, Nara Lucena, fala sobre a importância da luta contra o trabalho infantil. “Quando a criança trabalha, o desenvolvimento físico, emocional e social da criança é afetado. Isso tira a oportunidade de ter uma educação adequada. A gente sabe que educação é essencial para o desenvolvimento de habilidades e oportunidades para o futuro e, quando a criança tem que trabalhar, sustentar a família, pode entrar em um ciclo de trabalhos perigosos e prejudiciais à saúde física e mental, sujeitas a acidentes, exposição à substâncias tóxicas e condições de trabalho precária.”
Segundo a profissional, existem maneiras efetivas para o combate, como políticas públicas e governos que podem implementar leis e políticas que garantam o direito dessas crianças e permita que tenham um crescimento saudável e proteção. A assistência social tem programas de transferência de renda e tira um pouco a pressão econômica das crianças, que se não tivessem dentro desse programa teriam que contribuir dentro de casa. Para ela, as campanhas de conscientização também são de extrema importância para mostrar à sociedade que todos devem combater o trabalho infantil – que não é um trabalho só do governo, mas também de toda população.
“Caso encontre uma criança sendo submetida ao trabalho infantil, a primeira coisa que deve ser feita é a denúncia. Existem autoridades que podem entrar em contato, como o Conselho Tutelar, o CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), o Ministério Público, a polícia e a Vara da Infância e Juventude. Em qualquer um desses órgãos pode ser feita uma denúncia, porque a família precisa ser acompanhada.”