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Recreio, Jacarepaguá e Campo Grande: veja a hora e o dia em que ocorrem os delitos mais comuns na Zona Oeste do Rio

16ª DP (Barra da Tijuca) — Foto: Reprodução

Um levantamento feito pelo EXTRA com base nos dados de janeiro a junho deste ano do Instituto de Segurança Púbica (ISP) revela os dias e horários em que os criminosos agem com mais frequência para cometer os dois crimes com maior quantidade de ocorrências na Zona Oeste do Rio: estelionato e ameaça. Somados os registros em quatro dos batalhões da região, o 31º BPM (Recreio e Barra da Tijuca), o 18º BPM (Jacarepaguá, Taquara, Tanque e Campinho), o 14º BPM (Gericinó, Bangu e Realengo) e o 40º BPM (Campo Grande), foram 14.920 casos de estelionato reportados às delegacias e, de ameaça, 5.522.

Na área do 21º BPM (Recreio e Barra da Tijuca), o estelionato é comum às quartas-feiras, perto da meia-noite, e a ameaça às sextas-feiras, às 12h. Em Jacarepaguá, os golpes, em sua maioria, são aplicados às quintas-feiras, próximo das 10h, e as ameaças são feitas às quartas-feiras, às 8h, e aos domingos, às 10h.

Já no outro lado da Zona Oeste, na região de Bangu, o estelionato ocorre também nas manhãs de quinta, por volta das 10h, e o crime de ameaça atinge seus picos às terças e quartas, às 8h, e às quintas, às 10h. Em Campo Grande, o estelionato tem a maior parte dos registros concentrada às terças-feiras, às 12h, e as ameaças às quartas-feiras, no mesmo horário.

Em outras áreas da cidade, o estelionato também é o crime com mais registros. Porém, na Zona Sul, por exemplo, a segunda ocorrência mais comum é outra: a de furto de celulares. Na Zona Oeste, as ameaças figuram entre os delitos mais frequentes justamente numa região em que grande parte do território é dominada por milícias.

‘Central’ de golpe

No mês passado, uma quadrilha com 16 pessoas foi presa por fazer parte de um esquema criminoso que aplicava o golpe do falso empréstimo consignado, no shopping Barra World, no Recreio, Zona Oeste do Rio. Um letreiro falso de uma operadora de telefonia móvel na fachada da loja clandestina servia como disfarce. Todos os funcionários também usavam camisetas falsas da mesma operadora de celular.

Os golpistas ligavam para os clientes e se passavam por operadores de bancos para oferecer os empréstimos. Segundo a polícia, eles tinham acesso a informações do banco de dados do INSS e ofereciam diminuição das parcelas para atrair as vítimas. O foco dos criminosos eram os idosos.

Números no estado

No estado como um todo, o EXTRA levantou ainda, com base nos dados do ISP, os horários de pico em que ocorrem alguns dos principais crimes que amedrontam a população. As primeiras horas de sol, por exemplo, guardam os seus riscos. É o período em que há alta nos roubos em coletivos, que ocorrem, sobretudo, em torno das 7h das segundas-feiras, quando muitas pessoas estão a caminho do trabalho.

Veja abaixo os horários em que os crimes se repetem mais frequentemente:

Fonte: Jornal Extra