Jornal Povo

Cláudio Castro responde Eduardo Paes após ser chamado de ‘frouxo’ em evento público

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), respondeu ao prefeito Eduardo Paes (PSD) neste domingo (8), após ser chamado de “frouxo” em um evento realizado na Praça Seca, no sábado (7). Em um extenso desabafo publicado em suas redes sociais, Castro afirmou que Paes nunca o procurou para discutir segurança pública — principal tema de discordância entre os dois nas últimas semanas.

“Prefeito, você nunca me ligou para falar sobre segurança pública. Nunca! Todos nós sabemos que segurança pública nunca foi uma prioridade sua. Basta voltarmos ao passado e lembrar do quanto você boicotou as UPPs”, declarou Castro, referindo-se às Unidades de Polícia Pacificadora, criadas durante o governo de Sérgio Cabral.

Castro também afirmou já ter solicitado diversas vezes a ajuda do prefeito, mas sem sucesso. Ele aproveitou para associar Paes ao ex-governador Sérgio Cabral, mencionando que Paes teria boicotado as UPPs para impedir que o então secretário de segurança, José Mariano Beltrame, ganhasse relevância política.

“Porém, diferentemente de você, eu, que sou cristão, já pedi seu apoio várias vezes. Mas não transformei suas negativas em uma guerra política”, acrescentou o governador.

Por fim, Castro criticou o que chamou de “mistura” entre o Eduardo Paes prefeito e o Eduardo Paes candidato, alegando que o prefeito está perdendo a dimensão do cargo que ocupa. Em seu discurso, o governador concluiu citando um versículo bíblico (Efésios 4:2): “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor.”

Paes chama Castro de ‘frouxo’ e ‘sem moral’

O atrito entre os dois governantes escalou após o prefeito Eduardo Paes ter chamado o governador de “frouxo” e “sem moral” durante o lançamento da candidatura de Rodrigo Vizeu (MDB) a vereador, também na Praça Seca, no último sábado. Ao criticar a atual situação de segurança pública, Paes disparou:

“Eu nunca vi acontecer o que está acontecendo agora. Perderam a autoridade, a moral. Quando os bandidos percebem que o governante é frouxo e não tem autoridade, como é o caso do governador, eles usam e abusam.”