Mostra leva o público a uma imersão na vida e obra de um dos principais representantes da arte bruta, Antônio Roseno de Lima, no CCBB RJ
Foi na precariedade da favela Três Marias, em Campinas, que o artista Antônio Roseno de Lima encontrou um caminho alternativo: transformar lixo em arte. Agora, a exposição “A.R.L. Vida e Obra”, que já passou por São Paulo, Belo Horizonte e Distrito Federal, chega ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB RJ), no Centro do Rio, onde estará aberta ao público até 28 de outubro. Com classificação livre, a mostra convida visitantes de quarta a segunda-feira, das 9h às 20h, a conhecer a arte de Roseno de Lima.
O Migrante nordestino, deixou sua cidade natal, Alexandria (RN), a mulher e os cinco filhos em busca de uma vida melhor em São Paulo, na década de 1950. O pintor tirou da sua própria realidade a inspiração para criar obras que são reflexo da mais pura e encantadora Art Brut, termo francês criado por Jean Dubuffet para designar a arte produzida livre da influência de estilos oficiais e das imposições do mercado da arte.
Roseno expressava seus sonhos e observações do cotidiano através de suas pinturas, muitas vezes utilizando materiais improvisados encontrados no lixo, como pedaços de latas, papelão, madeira e restos de esmalte sintético. Os temas centrais de suas obras eram autorretratos, onças, vacas, galos, bêbados, mulheres e presidentes.