
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou sete pessoas envolvidas em um esquema de “rachadinha” no gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores do Rio. Entre os denunciados está o chefe de gabinete Jorge Luiz Fernandes, conhecido como Jorge Sapão, apontado como o líder da operação, além de outros seis ex-funcionários. A investigação não encontrou indícios suficientes para denunciar Carlos Bolsonaro.
De acordo com o MPRJ, Jorge Luiz Fernandes teria comandado o esquema durante 16 anos, entre junho de 2005 e dezembro de 2021. O esquema consistia no repasse de parte dos salários dos funcionários para Jorge Fernandes, o que configuraria peculato.
Regina Célia Sobral Fernandes, esposa de Jorge, foi a funcionária que mais repassou valores, cerca de R$ 814 mil. Juciara da Conceição, outra ex-assessora, teria repassado R$ 647 mil durante seu período no gabinete.
A denúncia, apresentada pelo promotor Alexandre Murilo Graça, caracteriza Jorge como o responsável por liderar uma “organização criminosa” dentro do gabinete. Entretanto, após a quebra de sigilos bancários e fiscais, não foram encontrados indícios que conectassem Carlos Bolsonaro diretamente ao esquema, resultando no arquivamento das acusações contra ele.
A defesa de Jorge Luiz Fernandes e dos demais envolvidos ainda não se pronunciou oficialmente.