Jornal Povo

PRESIDENTE DA MOCIDADE E ROGÉRIO ANDRADE VIRAM ALVO EM OPERAÇÃO – POLÍCIA CIVIL DO RIO E MINISTÉRIO PÚBLICO


AGENTES VISAM CUMPRIR QUATRO MANDADOS DE PRISÃO E DEZ DE BUSCA E APREENSÃO

O presidente da Mocidade Independente de Padre Miguel, Flávio da Silva Santos, e o contraventor Rogério Andrade, patrono da escola de samba, são alvos de mandados de busca e apreensão. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio deflagraram uma operação na manhã desta quarta-feira.

AGENTES ESTÃO NO PRÉDIO ONDE MORA ROGÉRIO.

A ação é no âmbito das investigações sobre o assassinato de Fábio Romualdo Mendes. Segundo o que foi apurado, ele era ligado ao jogo do bicho e foi morto em razão de uma disputa por áreas dominadas por Rogério Andrade. Flávio da Mocidade — apontado como braço direito de Rogério Andrade. Os mandanes do assassinato teriam ligações com um grupo chefiado por Flávio.

O assassinato ocorreu em 29 de setembro de 2021, na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio, Fábio estava em seu carro, aguardando a esposa que estava num posto de saúde, quando dois homens numa motocicleta se aproximaram. E um dos bandidos alvejou a vítima com mais de 10 tiros.

Veículos da Polícia Civil e do MP em frente à quadra da Mocidade — Foto: Reprodução


Quatro pessoas foram indiciadas pela morte de Fábio e estão na mira dos mandados de prisão na ação desta quarta.

Veja quem são:

  • Anderson de Oliveira Reis Viana, o Papa                                                                                                                                            
  • Bruno Marques da Silva, o Bruno Estilo                                                                                                                                                          
  • Rodrigo de Oliveira Andrade de Souza, o Rodriguinho                                                                                                                              
  • Thiago Soares Andrade Silva, o Soares ou Batata                                                                                                                                            

 

São realizadas buscas em endereços ligados a Rogério Andrade, a Flávio da Mocidade, ao PM Adriano da Rocha Muniz e a José William Fernandes de Assis. Segundo a MP, todos seguem sendo investigados por suspeita de envolvimento no assassinato. O policial militar da reserva Márcio Araújo de Souza, chefe da segurança de Rogério Andrade, e os policiais militares Marcos Araújo de Souza e Ramon Malta Moreira são outros alvos de buscas por suspeita de ocultação de provas vinculadas ao assassinato.

Rogério Andrade e Flávio da Silva Santos, o Flávio da Mocidade — Foto: Reprodução


O responsável por atirar em Fábio, de acordo com as investigações, foi Jhonathan Borges dos Reis, o Esquilo. Ele morreu no ano passado. Segundo a Polícia Civil, Esquilo foi contratado por Batata, Bruno Estilo, Papa e Rodriguinho.

Os mandados estão sendo cumpridos em endereços no Rio, em Maricá, em Petrópolis e em Angra dos Reis. Agentes estão no prédio onde mora Rogério, no 39º BPM (Belford Roxo), no Presídio Constantnno Cokotós, na Penitenciária Lemos de Brito, no Hospital Central da Polícia Militar e na Diretoria-Geral de Pessoal da PM e na Unidade Prisional da corporação.

Participam da operação a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MPRJ, a Corregedoria da Polícia Militar e a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Ssispen/Seap).

Em nota da Polícia Militar afirmou que “colabora integralmente com as ações desencadeadas”. Segundo o comunicado, a Corregedoria instaurou um procedimento para acompanhar o caso, que envolve quatro agentes da ativa. “Vale ressaltar que o comando da corporação não compactua com desvios de conduta ou cometimento de crimes por parte de seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”, encerra a nota.

Também por meio de nota, a Mocidade Independente de Padre Miguel “ressalta que não tem relação com eventuais investigações. A agremiação reforça que segue focada nas atividades sociais com a comunidade e na preparação para o carnaval 2025”.