
AÇÃO ACONTECE EM BAIRROS DA ZONA OESTE

O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) e a Corregedoria da Polícia Civil fazem operação nesta quarta-feira, que tem como alvo os integrantes da milícia chamada de Bonde do Zinho, entre eles dois policiais civis. Agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão.
Segundo o Ministério Público, são apurados os crimes de grilagem e extorsões que aconteceriam na Zona Oeste da capital. As ações teriam a participação de milicianos e policiais civis lotados em uma delegacia da região.
Os mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara Criminal Especializada da Capital, que deferiu o afastamento cautelar da função pública de um dos policiais civis investigados. As equipes se encontram nos bairros de Magalhães Bastos, Bangu, Campo Grande e Jardim Sulacap, todos na Zona Oeste.
CHEFE DO BONDE DO ZINHO
Depois da prisão do Zinho (Luís Antônio da Silva Braga), líder da milícia, em dezembro de 2023, e a morte de seu sucessor, Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, em junho, quem assumiu o comando da maior milícia do Rio foi Paulo David Guimarães Ferraz da Silva, o NAVAL.
Aos 31 anos, o criminoso é atualmente o principal braço armado do grupo, com centenas de fuzis sob seu domínio, segundo investigações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco/IE).
Conhecido como o homem de confiança dos irmãos Braga (como são conhecidos Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, e Wellington da Silva Braga, o Ecko, ambos mortos em trocas de tiros com policiais em 2017 e 2021 respectivamente, além de Zinho), Naval é um dos homens de guerra da milícia. Além de ser considerado perito em manusear armas, já que foi fuzileiro naval — o que originou o apelido.