Jornal Povo

FIM DE SEMANA TEVE QUATRO MORTES EM DOIS ATAQUES A BARES NO RIO

Da esquerda para a direita: Rodrigo, Jonatha e Leanderson, mortos bar de Nova Iguaçu — Foto: Reprodução

CRIMES ACONTECERAM EM NOVA IGUAÇU, NA BAIXADA FLUMINENSE, E NA COMUNIDADE DA MUZEMA, NA ZONA OESTE DA CAPITAL

Neste fim de semana, quatro pessoas foram mortas a tiros no Rio de Janeiro depois que bandidos atacaram bares a tiros. Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, três homens morreram e dois ficaram feridos. Na Muzema, comunidade da Zona Oeste do Rio, o ataque matou um e feriu três. Os crimes aconteceram entre a noite de sábado (14) e a madrugada de domingo (15).

No caso de Nova Iguaçu, o grupo atacado participava de um amigo oculto no bar Point do Churrasco, no bairro Prados Verdes. Segundo testemunhas, as vítimas foram confundidas com milicianos da região. Os amigos teriam chegado ao bar momentos depois da saída dos integrantes da milícia que atua na região, e sentado na mesa onde os criminosos estavam.

O ataque teria partido de traficantes que disputam território com os milicianos. Os mortos foram identificados como Leanderson Luiz Ferreira, de 39 anos, integrante da Marinha do Brasil; Jhonata Lima Almeida, de 30 anos, montador que trabalhava nos estúdios Globo; e Rodrigo Assis da Silva Junior, de 24 anos, conhecido como Jacaré.

Os dois feridos são Vitor Enoque Barbosa da Silva, de 24 anos, internado no Hospital Municipal Rocha Faria e tem estado de saúde estável, e Rodrigo Andrade Vieira da Silva, de 35 anos, que já recebeu alta.

Em nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) foi acionada e investiga as mortes, e que Diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação do crime.

ATAQUE TAMBÉM NA MUZEMA

Na Muzema, outro ataque a tiros a um bar deixou uma pessoa morta e três feridas. O crime aconteceu na comunidade da Muzema, também na noite de sábado. Dois dos três feridos foram levados para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra, e o outro para o Hospital Miguel Couto, na Leblon, na Zona Sul.

De acordo com informações divulgadas ontem pela Polícia Militar, o crime tem autoria e motivação desconhecidas. Equipes do 31° BPM (Recreio dos Bandeirantes) isolaram a área após o crime e a Delegacia de Homicídios da Capital foi acionada para cuidar do caso.

O controle da comunidade da Muzema é atualmente disputada por milicianos e traficantes do Comando Vermelho. Em outubro, nove ônibus foram sequestrados e usados como barricada no Itanhangá, por cerca duas horas, por conta do confronto entre os grupos armados.