Centro de Diagnóstico por Imagem também foi retomado nesta quinta-feira (6)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou na tarde desta quinta-feira (6) a nova emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte. Fechado por cinco anos, o setor agora terá capacidade para atender até 700 pacientes por mês. Durante a cerimônia, também foi anunciada a retomada do Centro de Diagnóstico por Imagem, com a oferta de exames de ultrassonografia e a instalação de um moderno equipamento de raios-x.

Lula destacou a intenção de transformar os seis hospitais federais do Rio em unidades de referência. “O Rio de Janeiro tem seis hospitais federais. É preciso transformar essas unidades em hospitais de referência. É isso que nós vamos fazer aqui”, afirmou o presidente. Na segunda-feira (3), as emergências dos hospitais do Andaraí e Cardoso Fontes também foram reabertas.
Estiveram presentes na inauguração do Hospital de Bonsucesso o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Nova estrutura
A nova emergência conta com 50 leitos, divididos entre setores adulto e pediátrico, organizados por complexidade em salas vermelha, amarela e verde. O espaço será operado por uma equipe composta por 48 enfermeiros, 130 técnicos de enfermagem, 20 cirurgiões e cinco pediatras, por turno.
O hospital também recebeu novos equipamentos, como aparelhos de ecocardiograma e eletrocardiograma, monitores multiparamétricos, além de insumos, medicamentos e camas para os leitos — 32 para adultos e 18 pediátricos.
Ao todo, o Ministério da Saúde se comprometeu em investir R$ 263,7 milhões no Hospital de Bonsucesso, sendo R$ 45,5 milhões em 2024 e mais R$ 218,29 milhões em 2025.
Entre os problemas enfrentados anteriormente na emergência, estavam falta de profissionais para atendimento e danos graves na parte elétrica, que impedia que equipamentos importantes para o funcionamento de um leito operassem.
Mudança na administração motivou protesto
A unidade é administrada desde outubro de 2024 pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC), empresa pública que enfrentou resistência para ocupar a posição. A organização tinha prazo inicial de 90 dias, contados a partir do início da gestão, para reabrir a emergência. No entanto, o prazo se estendeu por mais alguns dias, pois a empresa foi impedida de assumir na primeira semana, em meio ao protesto de servidores.
O grupo era contrário à intervenção do GHC no hospital. Eles também cobraram diálogo e transparência do Ministério da Saúde na troca da administração.
Plano de reestruturação
Ao todo, quatro unidades federais já iniciaram o Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro. Além de Bonsucesso, os hospitais federais do Andaraí (HFA), Cardoso Fontes (HFCF) e dos Servidores do Estado (HFSE) já começaram o processo. Na última segunda-feira (3), os prontos-socorros do HFA e do HFCF também foram reabertos.
Os hospitais do Andaraí e Cardoso Fontes foram municipalizados em dezembro para a Prefeitura do Rio de Janeiro. A meta é dobrar o número de atendimentos. O Ministério da Saúde repassou R$ 150 milhões à prefeitura. Além desse pagamento, está prevista a incorporação de R$ 610 milhões de teto MAC (atendimento de média e alta complexidade) para a cidade do Rio de Janeiro.