Jornal Povo

Prefeito Não Eleito de Itaguaí Sob Suspeita de Favorecimento em Contrato Emergencial de Limpeza Urbana

O Prefeito não eleito de Itaguaí, Haroldo Rodrigues Jesus Neto, também conhecido como Haroldinho “da reta”, está sob forte suspeita de direcionamento em um contrato emergencial de limpeza urbana. A denúncia surge após o prefeito, não eleito, ter rescindido contrato em vigor com a Plural Serviços Técnicos EIRELI, antiga prestadora do serviço, e a rápida entrada em operação da FGC Pavimentação e Construção Civil LTDA, nova contratada, emergencialmente.
O que chama atenção é o fato de os caminhões de coleta da FGC já estarem adesivados com a identidade visual da campanha oficial “Itaguaí Limpa” antes mesmo da publicação do contrato emergencial, o que sugere que a empresa já sabia antecipadamente que seria escolhida para assumir o serviço.

Troca Rápida, e sem transparência
A Prefeitura de Itaguaí encerrou o contrato com a empresa Plural Serviços Técnicos EIRELI por meio de publicação no Diário Oficial de 24 de março de 2025. Até então, a empresa era responsável pelo serviço de limpeza urbana no município.
No entanto, no dia seguinte à rescisão, caminhões da FGC Pavimentação e Construção Civil LTDA já tinha em seu galpão, no município de Rio Bonito, seus caminhões totalmente adesivados com a campanha oficial da Prefeitura. O fato levanta questionamentos sobre o tempo hábil para a seleção da nova empresa, considerando os procedimentos administrativos que deveriam ser seguidos para garantir transparência e concorrência na contratação.

Favorecimento de Contrato?
O fato de a FGC já estar operando com a identidade visual da Prefeitura antes mesmo da formalização da contratação é um forte indício de que houve um acerto prévio entre a empresa e a administração municipal.
Contratos emergenciais devem ser celebrados apenas em casos extremos e imprevisíveis, quando não há tempo para um processo licitatório comum. No entanto, o embate entre o Prefeito não eleito e a empresa Plural já era conhecida há semanas, o que coloca em xeque a justificativa da Prefeitura para uma contratação emergencial em vez de uma licitação pública regular.
“Se houve tempo para organizar a troca da empresa e até adesivar os caminhões, também houve tempo para um processo mais transparente de escolha da nova contratada”, questiona um morador.

Investigação a vista
O Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado podem ser acionados para investigar se houve favorecimento e irregularidades na escolha da FGC.
A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Itaguaí e com a empresa FGC Pavimentação e Construção Civil LTDA, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta