Jornal Povo

Desmonte dos hospitais de campanha vai começar por Baixada e Friburgo, prevê o governo

governo do Rio espera desmobilizar todos os hospitais de campanha, levantados para tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus, até o próximo dia 12, caso não haja impedimento legal algum. E o desmonte começaria pelas unidades da Baixada e de Friburgo. Na sequência, iriam abaixo os hospitais do Maracanã e de São Gonçalo. O anúncio foi feito pelo secretário estadual de Saúde, Alex Bousquet, nesta quarta-feira. As informações são do site G1.

Nesta quarta, o Estado do Rio chegou a 13.198 mortos e 161.647 infectados pelo novo coronavírus, já somados os 165 óbitos e os mais de dois mil casos registrados em 24 horas, entre terça e quarta. Na capital, segundo o boletim da Secretaria estadual de Saúde divulgado no início da noite de ontem, são 70.692 casos e 8.220 mortos.

Dos sete hospitais de campanha prometidos para combater o coronavírus no estado, somente dois foram entregues, e parcialmente: Maracanã e São Gonçalo. O governo contratou a Organização Social (OS) Iabas para a instalação e a gestão das unidades, mas problemas de operação levaram à troca de dois secretários de Saúde e ao rompimento com a OS.

Atualmente, há uma decisão judicial que impede o fechamento dos hospitais de campanha do Rio. Segundo Bousquet, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) está avaliando como contornar a situação, considerando a queda do número de casos. “Nossa argumentação será técnica. Nós tivemos um pico nas duas primeiras semanas de maio e, de lá para cá, nós temos uma curva descendente que já se mostrou confiável. Vencidas as barreiras judiciais, nós temos uma programação de desmobilização dos hospitais”.

O cronograma apresentado por Bousquet — que afirmou não acreditar numa “segunda onda” de contágio no Rio — prevê o fechamento das unidades de Caxias, Nova Iguaçu e Friburgo no dia 5. Os hospitais do Maracanã e de São Gonçalo seriam fechados até o dia 12. Os equipamentos seriam reaproveitados: “A desmobilização dos hospitais de campanha vai fazer com que distribuamos esse material, que é nosso, não é da Organização Social responsável pelo contrato, nos hospitais da nossa rede própria e nos municípios. É um legado que vamos deixar. Não teremos mais a lona visível, mas teremos um reforço na saúde dos municípios”.

A promessa do governo era inaugurar sete unidades até o dia 30 de abril, mas só os hospitais do Maracanã, na Zona Norte do Rio, e de São Gonçalo, na Região Metropolitana, foram abertos — e, mesmo assim, com muitos atrasos e com menos leitos do que o previsto.

Fonte: Jornal Extra