Jornal Povo

Representantes dos comitês de bacias hidrográficas se reúnem no Rio para debater crise da água

Representantes dos comitês de bacias hidrográficas se reuniram, nesta segunda-feira (27), para discutir projetos e falar sobre a crise da água. O tratamento com o carvão ativado na estação do Guandu chegou ao quinto dia e a promessa da Cedae é de que a água voltará ao normal depois de uma semana. Mas moradores ainda reclamam do odor e do gosto da água.

“O Comitê Guandu elaborou um estudo que custou um total de R$ 14 milhões em projetos de sistema de esgotamento sanitário, que é a base para que a gente possa, agora, executar as obras de esgotamento dentro dessa região. Então, o que a gente pretende é, realmente, reunir parceria institucionais para que a gente possa executar essas obras e levar esgotamento para essa região da Baixada Fluminense”, explica a gerente de recursos hídricos do Comitê Guandu, Caroline Lopes.

Para João Gomes Siqueira, coordenador do Fórum Fluminense de Comitê de Bacias Hidrográficas, o uso de carvão ativado é necessário no momento atual de crise, mas outros tratamentos não está descartados.

“Nós precisamos de ações a média a longo prazo que estão descritas no nosso plano bacias, que é o tratamento do esgoto de todos os municípios. A universalização do tratamento do esgoto no estado do Rio de Janeiro e também nas outras bacias hidrográficas”, afirma João Gomes Siqueira.

Na sexta-feira (24), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) entregou ao Ministério Público o laudo no ponto de captação na estação de tratamento de Guandu no dia 14 de janeiro e concluiu que a água coletada está dentro dos padrões.

Além disso, ressaltou que a qualidade da água para consumo e o padrão de potabilidade são atribuições das agências reguladoras de saúde.

O Ministério Público analisa também os resultados das amostras coletadas pela Vigilância Sanitária do município e aguarda as que foram feitas pela agência do Estado.

Para o engenheiro sanitarista Adacto Ottoni, o problema do saneamento básico no Rio de Janeiro não pode ser esquecido com a posterior melhora da qualidade da água.

“Daqui a uma semana, dez dias, a água já vai vir boa da Cedae e a população vai esquecer o problema. Mas, na realidade, o problema muito maior é que, se a poluição continuar, no futuro, a Cedae pode não conseguir tratar essa água e nós teremos um colapso”, afirma.

Via: G1

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