UERJ e UFF promovem cursos de conhecimento da cultura Yorùbá

Bàbáloriṣá Márcio D’Jàgún ministra os cursos de idioma e teologia africana nas faculdades estaduais e federais.

Não é de hoje que o escritor, professor e Bàbáloriṣá Márcio Righetti está à frente de projetos de inserção da liturgia Yorùbá dentro do meio acadêmico e o resultado desse trabalho tem sido a busca por conhecimento de variados tipos de alunos.

Instituições importantes do estado como UERJ e UFF abrem espaço para que estudiosos de matriz africana possam repassar suas ideias ao público a alguns anos e com o sucesso de aceitação a tendência é que o projeto siga nessa crescente.

Com quatro anos de aplicação na UFF, o trabalho aborda questões linguísticas e culturais de origem Yorùbá, possuindo quatro turmas fechadas e com duração de dois anos até a conclusão. O que surpreende o professor é a diversidade do público que procura o curso.

– A plêiade de alunos é muito variada. São alunos, católicos, evangélicos, pesquisadores, curiosos, etc. Isso é uma maneira de reconhecer uma parcela da própria cultura brasileira. Relatou Márcio D’Jàgún.

Na UERJ o trabalho ainda está no início e estará falando da teologia e cultura Yorùbá. A modalidade de extensão facilita a busca de qualquer tipo de pessoa, visando uma interação maior com a sociedade e o povo de Candomblé.

Quando perguntado sobre o objetivo dos projetos, o professor foi direto e acadêmico em sua explicação e mostrou visão política para contornar os acontecimentos de intolerância religiosa.

– A ideia não é converter ninguém. Nossa religião não segue essa linha. A ideia é explicar à um público variado quem é o nosso Deus Yorùbá, a forma dele e como ele se relaciona conosco. Qual o gênero e personalidade dele através dessa cosmovisão que é muito peculiar. A partir desse reconhecimento vamos descortinando o Candomblé, a sua liturgia e simbologia praticada por nós. Finalizou Márcio Righetti.

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