A Polícia Civil tenta identificar pessoas que tentaram envenenar cachorros de um abrigo no Lins, na Zona Norte do Rio. Os voluntários encontraram pedras de naftalina jogadas no chão na manhã desta quinta-feira. Quatro animais chegaram a comer o produto.
O abrigo Casa de Lázaro conta com 60 cães. Os animais que comeram naftalina foram examinados por um veterinário e estão sob observação.
“Resgatamos e todos eles vêm doentes da rua. Com doença do carrapato e outros tipos de doença. Nós cuidamos, castramos e buscamos adotantes através da feira de adoção e de mídias como Facebook e Instagram”, explicou Vanessa Pinto, diretora do abrigo.
Segundo Reynaldo Velloso, presidente da Comissão Nacional de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o caso se enquadra na categoria de maus-tratos e o responsável pode responder criminalmente.
“A pessoa que faz isso está incursa no artigo 32 da lei de crimes ambientais, com a penalidade de três meses a um ano, que é relativamente pequena. Neste caso específico entendemos que a Polícia Civil deve dar uma satisfação à sociedade”, destacou Velloso.
O presidente da comissão ressaltou que advogados da área criminal e cível irão acompanhar o caso. “Entendemos que além da apuração do fato criminal em si, que não pode ocorrer nem neste abrigo e nem em outros abrigos, visualizamos um dano moral, pois houve sofrimento das pessoas envolvidas”, explicou.
De janeiro a julho, a Linha Verde, canal do Disque Denúncia, recebeu 6.697 denúncias de crime ambiental. Cerca de metade delas, 3.316 se refere a casos de maus-tratos contra animais.