Jornal Povo

Estações do Transbrasil terão modelo contra calote e vandalismo

O vandalismo e os calotes no BRT fizeram a prefeitura projetar para o Transbrasil estações bem diferentes das existentes nos corredores já implantados. No lugar dos vidros, estarão resistentes chapas de aço. As portas automáticas, facilmente forçadas por passageiros que não pagam a passagem, darão lugar a portas mais fortes como as do metrô, para impedir a entrada irregular. Serão 18 estações, ligando Deodoro ao Terminal Américo Fontenelle, na Central, que devem receber 500 mil pessoas por dia a partir do segundo semestre de 2020.

“O prefeito Marcelo Crivella, muito preocupado com a evasão e a depredação, solicitou uma proposta de estação mais robusta. Desenvolvemos uma estação ‘antievasão’ e mais resistente, toda em aço e sem vidro, o que vai impedir e muito a depredação. A porta dela é igual à do metrô, com sensor, que o cidadão não abre de jeito nenhum. É uma estação que vai minimizar muito não só a evasão como a depredação”, explica o secretário municipal de Infraestrutura e Habitação, Sebastião Bruno.

 

Com cerca de 85% das obras prontas, a previsão de conclusão das pistas do Transbrasil entre Deodoro e o Centro, assim como a instalação das estações e das passarelas que darão acesso às paradas, é até dezembro deste ano. A partir de então, as pistas funcionarão como faixas seletivas para o transporte público. No entanto, dois importantes terminais de integração, que serão localizados nos trevos das Missões (no entroncamento com a Rodovia Washington Luiz) e das Margaridas (próximo à via Dutra), serão construídos entre janeiro e agosto de 2020. Só após essa fase, o percurso, de 23 quilômetros, passará a ser utilizado pelos ônibus articulados do BRT.

 

Mais baldeações

Quando o Transbrasil estiver funcionando, os passageiros provenientes da Baixada Fluminense e das zonas Norte e Oeste que fazem viagens diretas até o Centro terão que fazer baldeação para o BRT nos terminais Deodoro, Missões ou Margaridas. Outra opção de conexão será o trem em Deodoro, onde também haverá integração com o Transolímpica para o Recreio. “O conceito da Transbrasil é tirar todos os ônibus que vêm para o Centro para que não tenha esse trânsito caótico de hoje”, afirma Sebastião Bruno.

De acordo com o secretário, os passageiros da Zona Oeste descerão no terminal Deodoro, onde poderão pegar o trem ou o BRT para o Centro. Quem vem da Baixada pela BR-040 (Washington Luiz) fará a integração com o Transbrasil no terminal Missões. Aqueles que seguem de outros municípios ou bairros para o Centro pela via Dutra irão até o terminal Margaridas. O sentido inverso seguirá a mesma lógica: o BRT sairá da Central até esses terminais, de onde os usuários pegarão outro ônibus para suas cidades ou bairros de destino.

 

A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) informou que está discutindo com o Estado como serão as integrações, mas, segundo a SMTR, já foi estabelecido que elas não vão onerar os passageiros. A SMTR estuda o plano operacional para saber quais linhas serão modificadas. A princípio, somente as linhas que fazem trajetos curtos na Avenida Brasil não devem ser alteradas.

Apesar das baldeações, a expectativa é de redução do tempo das viagens. No planejamento de 2015, estimou-se redução média de 1h25 nas viagens de até 150 mil pessoas por hora, no horário de pico. O planejamento será atualizado.

Passageiros que fazem viagens diretas da Baixada até o Centro aprovam as mudanças se o tempo de percurso diminuir e se não tiverem que pagar a mais.

 

O BRT sairá da pista central da Avenida Brasil por um viaduto que está sendo construído na altura do Caju. Dali, passará pela Avenida Rio de Janeiro até a Rodoviária Novo Rio e seguirá em paralelo à Avenida Rodrigues Alves até o Terminal Américo Fontenelle, contornando a Cidade do Samba. O Terminal Fundão, onde o Transbrasil fará conexão com o corredor Transcarioca, está sendo duplicado.

 

Menos três paradas

Orçado em R$ 1,3 bilhão, o projeto do Transbrasil sofreu mudanças para permitir que o corredor fosse construído de Deodoro à Central com o mesmo valor, e não apenas até o Caju, como previsto inicialmente. Não estão incluídos no preço os terminais Margaridas e Missões, que custarão R$ 100 milhões ao todo. Por causa da readequação, a prefeitura reduziu de 21 para 18 a quantidade de estações (foram eliminadas três entre Deodoro e Irajá). No mesmo trecho, o pavimento será de asfalto em vez de concreto como no restante. Embora o Transoeste, também de asfalto, tenha falhas históricas, Sebastião Bruno garante que o mesmo problema não ocorrerá com o Transbrasil.

 

Estações de outros BRTS em xeque

De acordo com Sebastião Bruno, a prefeitura está estudando reduzir o número de estações nos corredores Transcarioca e Transoeste. Segundo ele, estão sendo avaliados impactos dos calotes e vandalismos nesses locais, e também é levada em consideração a importância de cada parada em relação à movimentação. 

 

Attention Required! | Cloudflare

Sorry, you have been blocked

You are unable to access jornalpovo.com.br

Why have I been blocked?

This website is using a security service to protect itself from online attacks. The action you just performed triggered the security solution. There are several actions that could trigger this block including submitting a certain word or phrase, a SQL command or malformed data.

What can I do to resolve this?

You can email the site owner to let them know you were blocked. Please include what you were doing when this page came up and the Cloudflare Ray ID found at the bottom of this page.