O sistema de reconhecimento facial da Polícia Militar passará a identificar torcedores impedidos de entrar no estádio do Maracanã em dias de jogos. Segundo a PM, o banco de dados que reúne cidadãos com medidas restritivas para ingressar em praças esportivas ainda não foi acoplado ao sistema por questões técnicas e jurídicas, mas isso ocorrerá “brevemente”. O governador Wilson Witzel anunciou, ontem, que o entorno do Aeroporto Santos Dumont receberá câmeras até o fim do ano.
O sistema de reconhecimento facial funciona, em caráter experimental, em Copacabana e no estádio do Maracanã em dias de jogos. Atualmente, a tecnologia identifica pessoas com mandado de prisão e apreensão em aberto, desaparecidas e placas de carros roubados. A expansão para o entorno do Santos Dumont foi definida, segundo a PM, por ser um importante corredor de fluxo de público.
“Estamos avançando no uso de tecnologia para combater o crime. O sistema de reconhecimento facial utilizado pelas nossas forças de segurança está em operação desde março, em Copacabana. Em julho, expandimos o projeto aos acessos do Maracanã em dias de jogos. O entorno do Aeroporto Santos Dumont também receberá essas câmeras, até o fim do ano. As imagens, transmitidas em tempo real ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), já ajudaram nossos policiais na captura de 49 criminosos”, publicou Witzel no Facebook.
A PM não informou o número de câmeras instaladas nem a localização exata de cada uma “por questões estratégicas”. Mas adiantou que, até o fim do ano, estarão em operação 140 câmeras, incluindo no Santos Dumont.
A assessoria de imprensa da PM esclareceu que, até o fechamento do último balanço, 48 mandados de prisão e de apreensão de adolescentes foram efetuados com auxílio do sistema. A instituição acrescentou que só será planejada a inclusão de outros bairros após a conclusão da fase experimental.
O mesmo sistema já falhou. Em julho, Sandra Maria de Alencar, de 52 anos, foi levada para a delegacia de Copacabana após ter sido confundida. Na ocasião, ela trabalhava segurando uma placa de venda de joias.