Morreu na madrugada desta terça-feira, aos 86 anos, o baluarte da Unidos da Tijuca Alexandre Ferreira de Andrade, o Andrade Chefia. Conhecido como a voz do Morro do Borel, Andrade Chefia prestou seus serviços durante mais de 60 anos à escola como divulgador oficial da agremiação. Há dois anos, ele vinha lutando contra um câncer de próstata. Nesta madrugada, em casa, Andrade teve uma piora no quadro de saúde e faleceu. Ele deixa cinco filhos, cinco netos e quatro bisnetos. Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.
“Eu reparei que ele não estava reagindo mais, com dificuldades para respirar. Nós chamamos uma ambulância e chegamos a levá-lo para o Hospital Salgado Filho, mas ele não resistiu”, conta Marcio de Andrade, filho do sambista: — O meu pai deixa um legado enorme. Ele sempre foi divertido, alegre e dizia que não devíamos deixar nada para depois, que era para brincarmos e aproveitarmos todos os momentos.
Presença certa em várias rádios, Andrade Chefia começou a trajetória na Unidos da Tijuca como alfaiate de um dos construtores da quadra do Borel. Depois, começou a trabalhar na divulgação da escola e também como locutor da agremiação. Era dono de vários trocadilhos e bordões inesquecíveis, como “Quem não fez quando pôde, não fará quando puder” e “Alô, comunidade borelense e todo universo sambista!”.